Alagoas e a pauta ruim da mídia nacional - Por Ricardo Mota
O fato é que Alagoas não consegue sair da mídia “ruim” da imprensa nacional.
Não faz muito tempo, a secretária Nacional de Segurança Pública,
Regina Mink, me disse, numa rápida conversa informal, que Maceió é a
cidade mais bonita que ela conhece e que lamenta que isso não seja
divulgado como deveria.
Ela tem razão, em parte.
Se há – e até acho que sim – um tanto de preconceito em relação ao
estado, isso se deve muito à “inesquecível” República das Alagoas, de
triste memória.
Mas não é apenas isso.
Somos o estado com os piores índices sociais em um país que tem a
sexta economia do mundo e é o 85% IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano). Atrás do Chile – 40% – e Argentina – 45%, arrancando um
glorioso empate com a poderosa Jamaica.
É neste cenário, desolador, que aparece o estado de Alagoas. É o último entre os últimos.
Mas não consegue sair das primeiras páginas de jornais e das manchetes televisivas.
Desproporcionalmente, tivemos um presidente da República, recentemente, e é de terras caetés o dirigente maior do Senado.
Calheiros poderia ter aprendido com os próprios erros. Ele saiu da presidência da Casa, em 2007, sob uma saraivada de denúncias.
Será que não tem grana suficiente para pagar passagens aéreas para
que ele e a família viagem para a Bahia e participem de um casamento?
É muito insensatez.
Expõe Alagoas, mais uma vez, ao ridículo nacional.
Não bastasse a incompetência e a inapetência do governo do Estado,
que nos mantém no fundo do poço, ainda exportamos passageiros de aviões
da FAB.
“Porque tenho direito”, diz ele.
Porque não tem deveres, digo eu.
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