segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Dr. Sebastião José Palmeira





Honra   e   decência   são   os   legados deixados pelo meu pai, o Senhor de Engenho, Cícero Palmeira.

"Só um livro é capaz de fazer a eternidade de um povo!"

(Eça de Queiroz)



Data de Nascimento: 21.10.1942 - Local: Anadia / Alagoas

Filiação: Manoel Cícero Palmeira e Domitilla Palmeira

ESCOLARIDADE:

1.     Bacharel em Direito pela U.D.F. - Universidade do Distrito Federal, matrícula nº. 368/68, tendo colado grau em Brasília em  - 21.12.1972.

2.     Curso de Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas pelo Departamento de Comunicação da UnB., Universidade de Brasília , matricula  n.º .160/69 (não concluído).

3.     Curso  da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, - ADESG-AL. VII Ciclo de Estudos, tendo participado de encontros na Escola Superior de Guerra - ESG, no Rio de Janeiro inclusive do aniversário dos Quarenta Anos da Escola Superior de Guerra.

4.     Participou de vários Congressos Nacionais de Procuradores de Es1ado, bem assim, do Encontro Nacional de Advogados realizai do em Foz do Iguaçu-Paraná.

5.     Pós- Graduado em Processo Penal, ministrado pelo Professor e Criminalista Augusto Thompson - Brasília 1973.

6.     Pós -Graduado em Processo Civil, ministrado pelo Professor Marco Bernardes de Melo em convênio com a UFAL e a OAB/ AL.

7.     Participou da Semana do Ministério Público do Distrito Federal, promovido pela Associação do Ministério Público do Distrito Federal de 14 a 17 de abril de 1970.

8.     Participou de vários cursos promovidos pelo Comitê Nacional de Direito Comparado - Secção do Distrito Federal, sob os temas Direito Comparado e as súmulas do STF - (aproximações do Direito Comparado - Brasília 1971).

9.     Participou do II Encontro Alagoano do Ministério Público, tendo recebido o Título de Membro Nato do Ministério Público do Es ado de Alagoas, realizado em Maceió-AI., de 30 de junho  a 03 d julho de 1975.

10.  Participou do X Congresso Nacional De Prevenção De Acidentes do Trabalho, realizado em 1971, em Brasí1ia-DF.

ATIVIDADES PROFISSIONAIS:

1.     Ex-Adjunto de  Promotor  da  Comarca  de  Anadia,  que à época compreendia os Municípios de Anadia, Maribondo  e Tanque D'Arca, no período  de  1974 até  1978, nomeado  por Ato do Excelentíssimo Senhor Governador Afrânio Lages.

2.     Procurador do Estado de Alagoas, nomeado, em caráter efetivo, em abril de 1981, em face de ter sido aprovado em concurso público de provas e de títulos, realizado pelo Ministério Público do estado de Alagoas, para o cargo de Promotor de Justiça.

3.     Ex-Corregedor Geral da Procuradoria Geral do Estado de Alagoas.

4.     Ex-Conselheiro do Conselho Superior da Advocacia Geral do Estado de Alagoas, durante dois mandatos, totalizando quatro anos de exercício, tendo sido eleito e reeleito em processo eletivo com a participação e voto dos senhores Procuradores de Estado.

5.     Ex-Professor de Criminologia da Academia de Polícia Militar do Estado de Alagoas, Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (Capitães).

6.     Ex-Professor de Português e Literatura do Colégio Comercial São Domingos Sávio, Brasília DF, durante os anos de 1969/1970.

7.     Ex-Assessor Parlamentar do Gabinete do então Deputado Federal Oséas Cardoso, na Câmara dos Deputados, em Brasília, de março de 1968 até fevereiro de1969, quando o referido Deputado teve cassado seu mandato e suspenso os seus direitos políticos pelo Ato Institucional nº 5– (AI- 5).

8.     Advogado  militante  no  Estado  de  Alagoas,   com   atuação na área criminal, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Estado de Alagoas. OAB/AL. nº 975, desde maio de 1973.

9.     Eleito para o Conselho Seccional da OAB/AL, tendo como Presidente o Doutor Omar Coelho de Melo, com mandato até 31.12.2012. ( Licenciado do cargo).

10.  Ex-Presidente da 3ª Comissão de Acumulação de Cargos - C.A.C.,  nomeado por ato do então Governador  Geraldo Bulhões.

11.  Diretor-Geral da SEUNE- Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste, sendo seu idealizador e fundador.

 

 

HONRARIAS E TÍTULOS RECEBIDOS:

 

1.     Membro Efetivo da Academia Maceioense de Letras, ocupante da cadeira nº.25, empossado em 13 de junho de 2007.

2.     Membro da Associação Alagoana de Imprensa, tendo recebido a Comenda Jornalista Noaldo Dantas.

3.     Foi agraciado com o "Prêmio Amigo da Juventude Líder Marden Antonio - Uma Homenagem da Secretaria de Articulação - Núcleo da Juventude" em 19 de março de 2005.

4.     Recebeu o TROFÉU IMPRENSA 2001, 2002 e 2004, patrocinado pela Tribuna de Alagoas.

5.     Recebeu do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas (CRC), em 31 de agosto de 2007 o "Troféu Diamante Contábil", no aniversário de 60 anos de História do referido CONSELHO.

6.     Agraciado com a Comenda Poeta Jucá Santos, conferido pelo Sindicato dos Escritores do Estado de Alagoas.

7.     Agraciado pela Academia Maceioense de Letras com a Comenda Jornalista Jalmery Fernandes Reis.

8.     Recebeu a Comenda do Mérito Literário da Academia Maceioense de Letras.

9.     Agraciado com a Comenda Poeta Cavalcanti Barros, nos 52 anos da Academia Maceioense de Letras.

10.  Foi homenageado com a Comenda Francisco Guilherme Tobias Granja, durante a comemoração dos 12 anos do JORNAL EXTRA, em 12 de novembro de 2010.

11.  Cidadão Honorário de Maceió, título este concedido pela CAMARA MUNICIPAL DE MACEIO, conforme Decreto Legislativo nº 399/2007.

12.  Recebeu a Medalha Embaixador Sérgio Vieira de Mello, outorgada pelo Parlamento Mundial para Segurança e Paz, Organização Intergovernamental com Sede em Palermo, na Itália, em 07.09.2009.

13.  Colaborador do Jornal Extra, para o qual escreveu e escreve artigos e poemas de sua autoria.

14.  Recebeu em 19 de maio de 2007, a Medalha Amigo da Defensoria Pública conferida pelo Dr. Eduardo Antônio de Campos Lopes, Presidente do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado de Alagoas.

15.  Recebeu da Real Academia de Letras com sede em Porto Alegre- Rio Grande do Sul, o Título de Cavaleiro Grã-Cruz, em 2011. Maceió, 15 de maio de 2014.

 

SEBASTIÃO JOSÉ PALMEIRA

 

Nasceu na cidade de Anadia, Estado de Alagoas, no dia 21 de outubro de 1942. Filho de Manoel Cícero Palmeira e Domitilla Palmeira. É Bacharel em Direito pela Universidade do Distrito Federal - Brasília; É formado em Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas pelo Departamento de Comunicação da Um. B-Universidade de Brasília; Tem o curso da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra -ADESG-Al. ;participou de vários congressos Nacionais de Procura­ dores de Estado e do Encontro Nacional dos Advogados, em Foz de Iguaçu-Paraná; É pós-graduado em Processo Penal; possui o curso de Pós-Graduação de "Teoria do Fato Jurídico" ;participou da Semana do Ministério Público do Distrito Federal entre outros congressos e encontros  nacionais .É  Procurador do  Estado de Alagoas  e atualmente é  Diretor  Geral da SEUNE - Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste, sendo seu idealizador e fundador. Essa entidade mantém os cursos superiores de DIREITO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇAO  E ENFERMAGEM. É MEMBRO  EFETIVO  DA ACADEMIA MACEIOENSE DE LETRAS, sido o vice-presidente.

 


PAIXÃO POR MACEIÓ

 

Maceió eu amo você,

Você é o meu bem querer,

A minha eterna paixão.

 

Gosto de contemplar

O verde azul do seu mar,

Quando a tarde vai sumindo,

Quando a noite vem caindo,

Unindo o céu e o mar.

 

No eterno balançar

Das palhas dos seus coqueiros

Vem a lua carinhosa

Mansamente se abrigar.

 

Os amantes buscam o mar

E fazem juras de amor.

Juras como essas eu as fiz outrora,

Como fazem os amantes de agora

 

DUAS SANTAS

 

Quando eu era bem pequeno,

Via minha mãe rezar,

Confesso que era uma santa

A outra santa implorar.

 

A sua fé era tanta

Que dava para acreditar,

Ser uma santa na terra

Aos pés da santa do altar.

 

A Salve-Rainha a rezar,

Seus lábios me ensinaram

A Maria venerar.

 

Hoje eu tenho duas santas a rezar,

Minha santa mãe no céu

E a virgem santa do altar.

 


PARA O MEU FILHO MARX

 

I

Recordo o dia em que você nasceu,

Era uma tarde de outubro e

O céu rubro de Brasília

De tanta luz se incandesceu.

II

E de repente eu me vi seu pai,

Pai de uma linda criança,

Que me encheu de alegria

E de esperança.

III

Marx significa grande e Andrey Zakharov

foi Prêmio Nobel da Paz.

Foi desse binômio meu filho

Que nasceu o seu nome.

 

 

LANA

 

 

Como o tempo passa depressa!

Ontem, a criança meiga e dengosa.

Hoje, a mestra, a esposa, a mãe carinhos

 

II

Tudo mudou. tudo passou.

menos as lembranças que guardamos das horas felizes que passamos.

Momentos felizes que vivemos não se apagarão jamais e ficarão

gravados no meu coração,  para sempre como os desta  foto que  me serviu de inspiração.

 

III

 

Feliz aniversário minha  filha! Deus te abençoe hoje e sempre beijos do pai que te ama demais.

 

 

Maceió, 20 de marco de 2008.

 

 

PARA MEU FILHO DAVI

 

I

Davi, você chegou na minha vida,

Como um raio de sol numa tarde caído

Quando o crepúsculo já anunciava

O ocaso existencial de uma vida.

II

Você veio me fazer companhia,

Trazer-me mais alegrias,

Iluminar os meus  dias,

Qual estrela de DAVI,

Cuja luz e brilho cintilam e irradiam

III

DAVI dos salmos e dos cânticos,

DAVI de Deus o escolhido

Para Rei de Israel, pelo profeta urgido.

 

DAVI, EU AMO VOCÊ!

 

 

 

INFÂNCIA

Dedicado à minha filha Lana

 

Criança, viva a fantasia colorida da infância

A vida é vã

O futuro incerto

E nem tudo na vida é poesia.

I

Verá um dia

Com o passar do tempo

Que a infância foi uma linda fantasia

E o futuro, a cruel realidade envolta em utopia.

III

Só ma1 tarde então compreenderás

Que a infânc1a que passou fugaz

Rolou no tempo e não volta nunca mais.

IV

E. assim. viva intensamente  esse presente

Pois a infância tem a duração da flor de um dia

Que brotou, florou. despetalou e murchou

Na primavera de um tempo que não voltará jamais.

 

 

PAIXÃO POR MACEIÓ

 

Maceió. eu amo você.

Você é o meu querer,

A minha eterna paixão

II

Gosto de contemplar

Overde azul do seu mar.

Quando a tarde vai sumindo.

 Quando a noite vai caindo.

Lindo o céu e o mar.

III

No eterno balançar

Das palhas dos seus coqueiros

Vem a lua carinhosa

Mansamente se abrigar.

IV

Os amantes buscam o mar

E fazem juras a de amor.

Juras como essas eu as fiz outrora.

Com fazem os amantes de agora.

 

ANADIA, A TERRA EM QUE NASCI

 

 

Entre montes e terras eu nasci, 

Nas serranias e vales me criei,

Foram tantos os lugares que andei.

Mas não esqueço da terra onde nasci.

 

II

 

A casa em que morava.

A mãe meiga e carinhosa.

A Igreja da matriz

E o grupo Escolar "'Rui Barbosa".

 

III

 

As aulas de catecismo.

Os amigos da infância.

Ficaram na memória,

São partes da minha história.

 

IV

 

A filarmônica tocando,

O grande "mastro" chegando. 

As crianças na carreira e o sino

Anunciando a festa da padroeira.

 

V

 

Do alto da Procissão,

Majestosamente olhando,

Ia a Virgem da Piedade 

A todos abençoando.

 

 

 


NINHO

 

I

Eu vi um passarinho

Construindo o seu ninho

Com muita habilidade

Sobre um semáforo da cidade.

 

II

lá é vinha o passarinho.

Carregando no bico

Pedaços de palha seca

Para fazer o ninho

III

Julgando o lugar seguro,

Indiferente ao barulho

Preparava o ninho

Para abrigar os filhinhos.

 

 

 

O ENGENHO BOA VISTA

 

 

Que lindo tempo aquele

Em que eu era criança.

Guardo de minha mãe só lembranças.

Lembranças do que passou.

 

II

 

Passou e deixou saudades.

Saudades da minha  infância.

Do meu pai muitas lembranças.

De minha mãe muito amor.

III

Daquele lar já distante.

Eu recordo a cada instante.

Na saudade que restou.

 

IV

 

Boa Vista tempos idos, infância da minha vida

Recordo os dias vividos.

Na saudade que ficou.

 

V

 

A mata se enchia de flor.

O cafezal de perfume,

Os passarinhos soltavam queixumes

De suas mágoas de amor.

 

VI

 

O entardecer era lindo.

Os gansos vinham cantando.

À noite se aproximando,

Era mais um dia findo.

 

VII

 

Adeus infância querida,

Adeus passado distante,

Minha alma enternecida te recorda a cada instante.

 

 

 

  

CASTELOS DE AREIA

 

I

Construí os meus castelos

Na areia branca do mar,

Foram castelos tão lindos

Que me fazem recordar,

 

II

 

O imenso azul do mar,

Quando com minha mãe,

Fui pela primeira vez contemplar.

 

III

 

Contemplei embevecido

Aquele oceano hígido,

Aquela orquestra insana,

 

IV

E como uma sintonia  tocando, 

As águas iam e vinham cantando,

Aos meus pés brincar comigo.

 


DUAS SANTAS

 

I

 

Quando eu era bem pequeno,

Vi minha mãe rezar,

Confesso que era uma santa

A outra santa implorar.

 

II

 

Sua fé era tanta

Que dava para acreditar,

Ser uma santa na terra

Aos pés da santa do altar.

 

III

 

A Salve-Rainha a rezar,

Seus lábios me ensinaram

À Maria venerar. 

 

IV

 

Hoje eu tenho duas santas a rezar,

Minha santa mãe no céu

E a virgem santa do altar.

 

 

 

 

MINHA TERRA

 

 

I

 

Todos cantam a sua terra

Eu resolvi cantar melhor

A melhor terra do mundo

É a minha Maceió.

 

II

 

Maceió tem mulheres belas

Louras, mulatas, morenas canelas

Com suas cores bronzeadas

Formam uma linda aquarela.

 

III

 

Terra de coqueirais selvagens

Com açúcar e doce mel

Em suas ricas paragens

A terra parece o céu.

 

IV

 

Venha conhecer Maceió

 O paraíso das águas

Venha cantar comigo

Venha cantar melhor.

 

 


DETERMINISMO

 

 

I

Não te desesperes porque é em vão.

Não te atormentes porque a vida é luta.

Não busques a glória na competição,

Porque há nesta uma força oculta e injusta.

 

II

Contenta-te com o quotidiano mesquinho e vilão,

E deixes que a vida siga o seu curso prescrito,

Pois, há no curso desta um determinismo estrito,

Que anula qualquer esforço e que abafa qualquer grito.

 

III

 

Quando te desesperares, contemples os campos floridos e

Os lírios em botão, e veja como é belo o oceano e que

Há, também, neste, revolta e agitação.

 

IV

 

Os nossos destinos são sempre moldados e esculpidos em

Uma grande pedra de sabão e o escultor, muitas vezes,

Quando os faz, os faz sem alma e sem coração.

 

V

Por isso, meu amigo, o teu desespero é em vão e a tua

Revolta um desperdício.

Assim, não busques no sacrifício em vão da tua luta, a Impossível paz da perfeição.

 

 

 

ALAGOAS

 

 

I

Sou Palmeira da terra dos coqueirais,

Onde a tarde na laranjeira canta os sabiás

De onde a Asa Branca bateu asas

E não voltou nunca mais.

II

Sou da terra dos marechais,

Do Proclamador da República

E do Marechal de Ferro,

Que não fugiram à luta,

Não traíram a Pátria,

Que nos encheram de ufanismo

E nos deixaram lições de patriotismo.

 

III

 

Sou conterrâneo de Deodoro e de Floriano,

Com muito orgulho,

Sou Alagoano.

 

 

QUANDO TE VEJO

 

 

I

Vejo-te sempre mais bela e fascinante,

Teu corpo sensível e desejante,

Enche-me cada vez mais de desejos por teus beijos.

II

Meu coração sombrio e ofuscante

A tua alma vive a implorar constante,

Meu ser a teu ser vive a querer,

Meu coração por teu amor vive a morrer.

 

III

Quando te vejo quanta ânsia sinto,

Quanta amargura, quanto amor pressinto,

Quanta vontade de beijar-te tenho,

Mas, enfim, Olho, medito

E me contenho.

 

 

DESPEDIDA

 

I

Quando chegar o momento derradeiro

E sobre o travesseiro eu exalar o meu último suspiro,

Quero que estejas ao meu lado,

Antes da partida para o meu último abrigo.

II

Que a tua lágrima de dor sirva de contentamento,

Para relembrar os momentos de amor que vivemos

Juntos nesta vida,

E que eu possa te dizer, querida,

Fostes tu o grande amor da minha vida.

 


 


VOCÊ

 

I

És tudo que sonhei na vida,

O que tive e o que não tive antes de ti,

És a minha vida, o meu céu, o meu passado,

És o sol dourado que enfeita o meu porvir.

II

Antes de ti

Eu tive tudo e não tive nada.

Tu chegaste com as tuas mãos de fada

E fizeste da minha vida antes desamparada

Um céu dourado onde canta o juriti.

III

És amor, sonhos e perfumes, És a flor tema e altiva,

Que a brisa despetala em queixumes.

IV

Tens na voz as cantigas eternas do mar,

Nos teus lábios há o doce gosto do araçá.

O teu corpo é o sonho bom que eu sonho,

E que tenho medo de acordar...

 

 

 

PRECE

 

I

A tarde morria

E as sombras se apagaram, A noite descia

E as aves murmuravam.

II

Chega à noite!

E agora as aves descansam...

O céu é calmo!

E no açoite do vento

Descamba pálida uma estrela no horizonte.

III

E então, no clamor da noite, baixinho

Há alguém que reza em pranto,

É a mãe aflita pelo filhinho,

Que não o vê que sabe há quanto.

IV

E o vento lhe sussurra  brando,

Como a dizer- lhe que por entre o pranto,

Esconde-se o filho que ela não vê a tanto ...

 

 

  

DESESPERADAMENTE

 

I

Teu amor me fez poeta!

Teu nome é a oração que repito todos os dias,

Meus lábios em uma eterna prece de harmonia,

Vive a chamar-te desesperadamente...

 


PALMEIRA, Sebastião José (Anadia - AL 21/10/1944). Escritor, professor, poeta, advogado, Procurador de Estado. Filho de Manuel Cícero Palmeira e Domitilla Palmeira. Graduado em Direto na UNB (1972) e, também, na mesma Universidade: Jornalismo, Publicidade e Relações Públicas. Pós-graduou-se em Processual Penal e Civil. Corregedor-geral e Procurador do Estado da PGE-AL, tendo atuado na Comarca de Anadia. Membro do Conselho Superior da Advocacia Geral do Estado. Professor de Criminologia da Academia de Polícia Militar. Professor de Português e Literatura do Colégio Comercial São Domingos Sávio, Brasília-DF. Assessor parlamentar do Deputado Federal Oséas Cardoso. Diretor-geral da SEUNE-AL. Membro da AML. Membro da APHLA Internacional onde ocupa a cadeira nº 02 cujo patrono é Heráckito Fontoura Sobral Pinto, sendo, também, seu presidente emérito. Sócio da AAI. Colaborador do Jornal Extra. Obra: Quimeras - Poesias, Crônicas e Artigos, ?, ?, 2014. Participou com Uma Noite de Amor, Meu Pai, Engenho Boa Vista e Duas Santas, in Antologia Valores de Minha Terra, Francinúbia Farias Gomes, Maceió: Magazine Destaque, 2014, p. 184-187, 188-190, 191 e 192, respectivamente.


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