Aurélio Buarque de Holanda
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira foi ensaísta, filólogo e lexicógrafo. Nasceu em Passo de Camaragibe,
Alagoas, em 3 de maio de 1910. Passou parte de sua infância em Porto de
Pedras (AL), onde cursou a escola primária e o Liceu Alagoano. Aos 15
anos de idade iniciou o magistério e logo nasceu o interesse pela língua
e literatura portuguesas.
Assim como a maioria dos ilustres alagoanos, precisou sair do
estado em busca de oportunidades e para dar continuidade a sua educação.
Foi para Recife, onde fez parte de um grupo de intelectuais frequentado
por grandes nomes como Graciliano Ramos e Raquel de Queiroz.
Formou-se em Direito em 1936 pela Faculdade do Recife. Voltou a
Maceió ainda em 1936, onde lecionou Português, Literatura e Francês no
Colégio Estadual de Alagoas e foi diretor da Biblioteca Municipal de
Maceió até 1938.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro no mesmo ano, e lá continuou
suas atividades docentes, além de ter exercido a cátedra de Estudos
Brasileiros na Universidade Autônoma do México, contratado pelo
Ministério das Relações Exteriores, de 1954 a 1955.
Publicou livros e colaborou com a imprensa carioca com seus contos e artigos. No entanto, ficou conhecido, sobretudo, como Aurélio dicionarista. Em 1941 foi convidado para ser colaborador do Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa.
Sua paixão pela língua portuguesa e seu amor pelas palavras levou
Aurélio a compor seu próprio dicionário através de convites vindos do
mundo inteiro para que pudesse falar sobre os mistérios da língua
portuguesa. A obra foi lançada em 1975 e ficou conhecida como Dicionário Aurélio.
Pertenceu, entre outras, à Associação Brasileira de Escritores
(seção do Rio de Janeiro), além da Academia Brasileira de Filologia,
Academia Alagoana de Letras e da Hispanic Society of America. Faleceu no
Rio de Janeiro, em 28 de Janeiro de 1989.
Arthur Ramos
Arthur de Araújo Pereira Ramos nasceu na cidade
de Pilar, no dia 7 de julho de 1903. Foi médico, antropólogo e
folclorista. Formou-se em 1926 pela Universidade de Medicina da Bahia,
onde lecionou clínica psiquiátrica.
Foi para o Rio de Janeiro no início da década de 1930 e alguns
anos depois assumiu a chefia da seção de ortofrenia e higiene mental do
Instituto de Pesquisas Educacionais. Em 1934, publicou o livro “O Negro
Brasileiro”, no qual discutia a religiosidade da cultura negra no
Brasil. Em 1935, escreveu “O Folclore Negro do Brasil” e lecionou
psicologia social na Universidade do Brasil.
Sua obra está baseada na busca do entendimento das manifestações
afro-brasileiras no Brasil, segundo Artur Ramos, para melhor entender
essas interpretações era necessário fazer uma análise de onde estas
ocorreram depois de procurar as raízes no próprio continente africano.
Durante sua viagem pelo continente americano, publicou “As
Culturas Negras do Novo Mundo”. Foi também fundador da Sociedade
Brasileira de Antropologia e Etnografia do Rio de Janeiro. Assumiu o
cargo de diretor do departamento de ciências sociais da ONU para a
Educação, Ciência e Cultura – Unesco, no final dos anos 1940. Morreu no
dia 31 de outubro de 1949, em Paris.
Cacá Diegues
Carlos Diegues nasceu em Maceió no dia 19 de
maio de 1940. De família de pequenos proprietários rurais, ainda durante
sua infância mudou-se com eles para o Rio de Janeiro, onde passou sua
adolescência.
Prestou vestibular na PUC do Rio para Direito, naquela época
ainda não existiam escolas de cinema no Brasil. Ainda quando presidente
do diretório estudantil da PUC fundou o cineclube e a partir daí
começaram suas atividades como cineasta amador.
Assim, na década de 1960 começou produzindo curtas-metragens.
Como profissional, dirigiu dois documentários, entre eles “Oito
Universitários”. Seu primeiro longa - metragem veio em 1964, “Ganga
Zumba”.
Lançou vários outros filmes de muito sucesso como “Os Herdeiros”
(1966), “Quando o Carnaval Chegar” (1972), “Xica da Silva” (1976),
“Chuvas de verão” (1978), “Tieta do Agreste” (1996), “Orfeu” (1999) e
seu mais importante trabalho, “Bye Bye Brasil” (1979).
Chau do Pife
José Prudente de Almeida recebeu o apelido
de Chau quando adolescente, no município de Boca da Mata, interior de
Alagoas. Ao começar a tocar o pífano ou pife, foi batizado de Chau do
Pife, descobrindo o amor pelo instrumento, que já dura mais de 35 anos.
Por volta dos 50 anos, casado há mais de 15 anos, com três
filhos, vive exclusivamente da música. Chau toca hoje em um pífano de
alumínio com sete furos que ele mesmo faz.
O pai de Chau era agricultor em Boca da Mata e plantava feijão,
mandioca e milho. Para proteger a plantação de milho dos pássaros que
atacavam logo cedinho, seu pai lhe deu um pífano de quatro furos para
que ele “apitasse” para espantá-los.
“E eu tinha que apitar muito, porque se ele pegasse algum milho
comido, eu apanhava”, disse Chau. Com o tempo seu pai percebeu o
interesse que ele tinha pelo “pedaço de cano” que ele furava, a taboca, e
deu ao pequeno Chau um pife de seis furos para tocar. E assim começou a
história musical de Chau do Pife.
Sua primeira apresentação foi numa Feira em Atalaia, aos 14 anos. Ganhava dinheiro com essas apresentações e ficava umas quatro semanas sem ir cortar cana, “um serviço muito ruim”, diz.
Sua primeira apresentação foi numa Feira em Atalaia, aos 14 anos. Ganhava dinheiro com essas apresentações e ficava umas quatro semanas sem ir cortar cana, “um serviço muito ruim”, diz.
Música própria, ele só começou a fazer há 16 anos, na banda Forró
e Xodó. Hoje, os músicos que tocam com Chau são: Irineu e Lula
Sabiá (sanfonas); Xéxéu (Zabumba); Renato (triângulo) e Deda (baixo).
Vivendo exclusivamente da música, Chau busca inspiração para suas
composições no seu dia-a-dia, comoMemória dos Pássaros, música que dá
nome ao seu primeiro CD. Em 2006 lançou seu segundo CD, Ninguém Anda
Sozinho.
Recentemente Chau lançou seu primeiro disco ao vivo: Chau no
Capricho, que faz parte da Coleção Música Popular Alagoana – Volume 3,
reunindo 6 músicas novas e seis dos CDs anteriores. Chau no Capricho tem
a direção musical de Irineu Nicácio e produção executiva de Keyler
Simões.
A capa do CD é uma obra do artista visual Agélio Novaes, cujo
trabalho é desenvolvido com colagens. “A idéia dessa capa do CD de Chau é
passar o que ele me passa: alegria”, explica o artista.
Chau no Capricho foi gravado em agosto de 2008 no Teatro de Arena Sérgio Cardoso, e lançado em dezembro do mesmo ano.
Florentino Dias
Florentino Dias nasceu em Alagoas. Aos 9 anos de
idade, foi para o Rio de Janeiro, onde estudou música e se formou pela
UFRJ. É fundador e Regente titular da Orquestra Filarmônica do Rio de
Janeiro há 26 anos.
Também é membro da Academia Internacional de Música na Cadeira de
"Richard Strauss" e da American Symphony Orchestra League. Foi o
primeiro e único regente brasileiro homenageado com uma Batuta de Ouro,
representando o Brasil como Membro Internacional Order of Merit.
Pelos Estados Unidos recebeu doAmérica Biographical Institute, "The
Presidencial Seal of Honor" por sua exemplar realização no campo da
música.
Florentino é fundador de três orquestras no Rio de Janeiro. Em
1962, a Orquestra Filarmônica Estudantil do Diretório Acadêmico Padre
José Maurício, da Escola de Música da UFRJ. Em 1969 fundou a Orquestra
Sinfônica e Coral da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Com ela realizou mais de 150 concertos pelo interior do Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Conseguiu que a Universidade
reconhecesse o Coral como disciplina, com publicação em Boletim. Em 1978
criou aOrquestra Filarmônica do Rio de Janeiro, da qual é Regente
Titular.
É formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor
titular da mesma Escola. ConcluiuMestrado em Regência na Washington
University, USA, e frequentemente tem sido regente convidado
dosFestivais de Verão na Flórida e em Nova York. Estudou com grandes
mestres, como Francisco Mignone, Eleazar de Carvalho, Robert Wykes,
Harold Blumenfeld e outros.
Entre as performances no exterior, inclui concertos com
a Orquestra Sinfônica Juvenil de Buenos Aires,Orchestre de Chambre de
Versailles, na França, e Rockbridge Symphony Orchestra nos Estados
Unidos, as duas últimas partes do projeto de intercâmbio internacional
com os regentes Bernard Wahl e Barry Kolman que, posteriormente, regeram
a Filarmônica do Rio de Janeiro.
Também no Brasil, apresentou-se à frente da Orquestra Sinfônica
do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira, e Orquestra
Sinfônica Nacional.
Dos elogios que tem recebido, além dos que lhe foram conferidos pelo Conselho Universitário da UFRJ,Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e outros órgãos federais e estaduais pelo seu dinamismo à frente das orquestras, destaca a condecoração da Medalha da Ordem do Mérito Naval. É detentor também da Medalha do Mérito Pedro Ernesto, Medalha do Mérito dos Palmares e Medalha 22 de Abril, concedida pela Associação Cultural Sarah Kubitschek.
Dos elogios que tem recebido, além dos que lhe foram conferidos pelo Conselho Universitário da UFRJ,Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e outros órgãos federais e estaduais pelo seu dinamismo à frente das orquestras, destaca a condecoração da Medalha da Ordem do Mérito Naval. É detentor também da Medalha do Mérito Pedro Ernesto, Medalha do Mérito dos Palmares e Medalha 22 de Abril, concedida pela Associação Cultural Sarah Kubitschek.
É membro da Academia Internacional de Música e da American
Symphony Orchestra League e em 1987 foi homenageado com uma "Batuta de
Ouro" e com o Título de Cidadão do Estado do Rio de
Janeiro pelaAssembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1995 regeu a Filarmônica de Jelenia Góra, na Polônia e, em 08
de outubro de 1996, a Orquestra Virtuosi di Praga, no Zofine Concert
Hall, apresentando "O Guarani" de Carlos Gomes.
Em 1997 regeu a Orquestra Sinfônica da Croácia em
Zagreb apresentando, além da 7ª Sinfonia de Beethoven, também Carlos
Gomes, Villa-Lobos e Lorenzo Fernandez, no Lisinsky Hall. Em 1998
apresentou-se à frente da Orquestra Sinfônica do Cairo, e fez três
concertos de verão com a Orquestra Sinfônica de Sanremo, inaugurando
o Auditorium Franco Alfano. Regeu ainda a Orquestra do Algarve e La
Crosse Symphony, em Wisconsin, USA.
Foi homenageado com dois valiosos prêmios no Fórum Mundial em
Washington D.C. O American Biographical Institute criou uma fundação com
seu nome, "Florentino Dias Award Foundation", e peloInternational
Biographical Centre, da Inglaterra, foi eleito "International
Professional of the Year 2007", em sua especialidade.
Graciliano Ramos
Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892 na cidade
de Quebrangulo, no sertão de Alagoas. Passou parte de sua infância em
Viçosa (AL), mas foi em Buíque (PE) onde Graciliano teve o primeiro
contato com as letras, juntamente com os seus 15 irmãos.
Em 1904, retornaram a Viçosa, onde o jovem escritor lançou o
“Dilúculo”, um jornalzinho destinado às crianças. Lançou também um
jornal de caráter mais intelectual, chamado Echo Viçosense.
Em 1905, Graciliano iniciou seus estudos secundários em Maceió,
no Colégio Quinze de Março, mas não cursou faculdade. Em 1909 inicia
algumas colaborações com o Jornal de Alagoas, sob os pseudônimos S. de
Almeida Cunha (com o qual publicou o soneto “Céptico”), Lambda
(publicações em prosa) e ainda, Soares de Almeida.
Publicou sonetos na revista carioca “O Malho” de 1906 a 1913 com o
pseudônimo de Feliciano de Olivença. Em 1910, muda-se para Palmeira dos
Índios (AL) e em 1911 passa a colaborar com o Correio de Maceió.
Muda-se para o Rio de Janeiro em 1914, onde trabalhou como revisor nos
jornais “Correio da Manhã”, “A Tarde” e “O Século”.
Retorna a Palmeira dos Índios em 1915 com a morte de três de seus
irmãos, causada pela peste bubônica. Lá, trabalha como jornalista,
comerciante e entra para a política, sendo eleito prefeito de Palmeira
dos Índios em 1927. Em 1933, publica seu primeiro livro “Caetés”.
Já em 1936, durante a ditadura de Vargas, foi preso e exilado
acusado de subversão. Lançou em agosto deste mesmo ano o romance
“Angústia”. Foi solto em 1937, e em 1938, publicou seu famoso romance
“Vidas Secas”. Em 1945 associou-se ao Partido Comunista Brasileiro,
viajou para Rússia, onde teve alguns de seus romances traduzidos.
Seus livros “Vidas Secas”, “Memórias do cárcere” e “São Bernardo”
foram adaptados para o cinema e conquistaram prêmios internacionais.
Suas obras foram traduzidas para várias línguas, obtendo assim diversos
prêmios importantes como o prêmio Fundação William Faukner, nos EUA.
Graciliano morre em 1953, vítima de câncer. Neste mesmo ano,
“Memórias do Cárcere” foi lançado, obra que Graciliano não conseguiu
terminar. O livro relatava incisivamente o seu período de estadia na
prisão.
Guimarães Passos
Jornalista e escritor, Sebastião Cícero Guimarães Passos, nasceu
em 22 de março de 1867, em Maceió. Transferiu-se para o Rio de Janeiro
aos 19 anos de idade, onde colaborou com a imprensa local escrevendo
muitas vezes com seus pseudônimos Filadelfo, Tim, Puff, Fortúnio e Gill
Floreal.
Aderiu ao governo revolucionário em 1893, no Paraná, lutando
contra o marechal Floriano Peixoto. Exilou-se na Argentina após a
revolta, contribuindo para alguns jornais locais, como o “La Nación” e
“La Prensa”. Voltou ao Brasil em 1896 e foi um dos membros fundadores da
Academia Brasileira de Letras.
Na literatura, era parnasianista e publicou obras como: “Versos
de um Simples” e “Hipnotismo”. Enquanto esteve com tuberculose, mudou-se
para a Ilha da Madeira e em seguida para Paris, na França, onde veio a
falecer no dia 9 de setembro de 1909.
Hekel Tavares
Nasceu em 1896 em Satuba, Alagoas, e faleceu em 1969 no Rio de
Janeiro. Foi compositor, maestro earranjador. Estudou piano com uma tia e
ainda criança aprendeu harmônica e cavaquinho, mas sua maior paixão
sempre foi a música popular. Hekel adorava ouvir cantadores de desafios e
reisados.
Foi para o Rio de Janeiro em 1921 e lá começou a estudar
orquestração com o maestro J. Otaviano. Ao lado deWaldemar
Henrique, Marcelo Tupinambá, e Henrique Vogeler, sob a influência
nacionalista da Semana de Arte Moderna (1922), criou um tipo de música
situado na fronteira do erudito e do popular.
Profissionalmente, começou como compositor de teatro de revista
fazendo em 1926 a música para a peça carnavalesca Está na Hora,
de Goulart de Andrade, no Teatro Glória. Ainda em 1926 apareceu regendo
uma orquestra na revista Plus-ultra, no mesmo teatro.
Sua primeira composição de sucesso foi Suçuarana (parceria
com Luiz Peixoto), lançada em 1927. Ainda neste ano, compôs para a peça
de estreia do Teatro de Brinquedo (idealizado por Álvaro Moreira e
outros), que funcionava no subsolo do Teatro Cassino Beira-Mar, sendo
também o pianista desse espetáculo e de outros que se seguiram.
Essa experiência de teatro ligeiro e elegante teve pouca duração,
pois era ainda muito reduzido ao público de alta classe média. Assim,
ainda em 1927, o compositor se viu na contingência de voltar às revistas
mais populares dos teatros da Praça Tiradentes.
Na parceria com o compositor Luiz Peixoto, obteve seu maior êxito
popular com a música Casa de Caboclogravada por Gastão
Formenti na Parlophon, em 1928. Ainda neste ano, Patrício
Teixeira gravou Eu Ri da Lagartixa, também lançada na Parlophon.
Já no início da década de 1930, Hekel Tavares compôs com muitos
parceiros entre os quais Joraci Camargocom quem fez Favela e Leilão,
com Ascenso Ferreira a Chove!… chuva!… E com Álvaro Moreira Bahia,Murilo
Araújo Banzo e Luís Peixoto, as músicas Na Minha Terra
Tem e Felicidade.
Em 1933, Jorge Fernandes registrou O Que Eu Queria Dizer ao teu
Ouvido (música de Hekel Tavares e Mendonça Júnior) e Guacyra (de Hekel
Tavares e Joraci Camargo) pela gravadora Odeon. Lançou sua primeira
composição erudita, André de Leão e o Demônio de Cabelo Encarnado, tendo
como base um poema deCassiano Ricardo, em 1935. Jorge
Fernandes gravou Caboclo Bom, música composta em parceria com Raul
Perdeneiras, em 1942, pela Columbia.
Autor de mais de 100 músicas, de 1949 a 1953 percorreu quase todo
o Brasil, em missão especial do entãoMinistério da Educação e Saúde
Pública, pesquisando motivos folclóricos que utilizaria em diversas
obras, como no poema sinfônico O Anhangüera (com argumento de sua
esposa, Marta Dutra Tavares, e poemas deMurilo Araújo), e também toadas
sertanejas, maracatus, fox-trot.
Fez com o coco alagoano, obras sinfônicas, peças clássicas como
o Concerto para Piano e Orquestra em Formas Brasileiras, obras para
piano e violino, coro misto, solistas e coros infantis entre outros
motivos folclóricos e regionais, como Engenho Novo, Bia-tá-tá.
Ainda com o material obtido na viagem, em 1955, fez Oração do
guerreiro, para baixo profundo. Compôs ainda o Concerto, para piano e
orquestra; o Concerto em formas brasileiras, para violino e orquestra; O
sapo domado e A lenda do gaúcho. Deixou inacabados, Rapsódia
nordestina e Fantasia brasileira, ambas para piano e orquestra, além do
drama folclórico Palmares.
Infelizmente, Hekel Tavares não é muito conhecido pela maioria
dos brasileiros por causa da retirada da educação musical das escolas
em 1960, motivo pelo qual nós brasileiros ficamos a mercê de uma
formação musical totalmente influenciada pelo mercado discográfico.
Hermeto Pascoal
Hermeto Pascoal nasceu em Olho d’Água das
Flores, Alagoas, em 22 de junho de 1936, mas foi criado emLagoa da
Canoa, na época município de Arapiraca, estado de Alagoas, em 22 de
junho de 1936, Hermeto Pascoal é filho de Vergelina Eulália de
Oliveira (dona Divina) e Pascoal José da Costa (seu Pascoal). Foi no seu
alistamento militar que colocaram o pré nome de seu pai como seu
sobrenome.
Os sons da natureza o fascinaram desde pequeno. A partir de um
cano de mamona de gerimum (abóbora) fazia um pífano e ficava tocando
para os passarinhos. Ao ir para a lagoa, passava horas tocando com a
água. O que sobrava de material do seu avô ferreiro, ele pendurava num
varal e ficava tirando sons. Até o 8 baixos de seu pai, de sete para
oito anos, ele resolveu experimentar e não parou mais. Dessa forma,
passou a tocar com seu irmão mais velho José Neto, em forrós e festas de
casamento, revezando-se com ele no 8 baixos e no pandeiro.
Mudou-se para Recife em 1950, e foi para a Rádio Tamandaré. De
lá, logo foi convidado, com a ajuda doSivuca, sanfoneiro já de sucesso,
para integrar a Rádio Jornal do Commercio, onde José Neto já estava.
Formaram o trio O Mundo Pegando Fogo que pegou fogo mesmo já na primeira
vez em que tocaram. Segundo Hermeto, ele e seu irmão estavam apenas
começando a tocar sanfona, ou seja, eles só tocavam mesmo 8 baixos até
então.
Porém, por não querer tocar pandeiro e sim sanfona, foi mandado
para a Rádio Difusora de Caruaru, como refugo, pelo diretor da Rádio
Jornal do Commercio, o qual disse-lhe que não dava para música. Ficou
nessa rádio em torno de três anos. Quando Sivuca passou por lá, fez
muitos elogios sobre o Hermeto ao diretor dessa rádio, o Luis Torres, e
Hermeto, por conta disso, logo voltou para a Rádio Jornal do Commercio,
em Pernambuco, ganhando o que havia pedido, a convite da mesma pessoa
que o tinha mandado embora.
Ali, em 1954, casou-se com Ilza da Silva, com quem viveu 46 anos e
teve seis filhos: Jorge, Fabio, Flávia, Fátima, Fabiula e Flávio. Foi
nessa época também que descobriu o piano, a partir de um convite do
guitarristaHeraldo do Monte, para tocar na Boate Delfim Verde. Dali, foi
para João Pessoa, PB, onde ficou quase um ano tocando na Orquestra
Tabajara, do maestro Gomes.
Em 1958, mudou-se para o Rio de Janeiro para tocar sanfona
no Regional de Pernambuco do Pandeiro (naRádio Mauá) e, em seguida,
piano no conjunto e na boate do violinista Fafá Lemos e, em seguida, no
conjunto do Maestro Copinha (flautista e saxofonista), no Hotel
Excelsior.
Atraído pelo mercado de trabalho, transferiu-se para São Paulo em
1961, tocando em diversas casas noturnas. Depois de um tempo, formou,
juntamente
com Papudinho no trompete, Edilson na bateria e Azeitona nobaixo, o
grupo SOM QUATRO. Foi aí que começou a tocar flauta. Com esse grupo
gravou um LP. Em seguida, integrou o SAMBRASA TRIO, com Cleiber no baixo
e Airto Moreira na bateria. No disco do Sambrasa Trio, Hermeto já
registrou sua música Coalhada.
Com o florescimento dos programas musicais de TV, criaram
o QUARTETO NOVO, em 1966, sendo Hermeto nopiano e flauta, Heraldo do
Monte na viola e guitarra, Théo de Barros no baixo e violão e Airto
Moreirana bateria e percussão. O grupo inovou com sua sonoridade
refinada e riqueza harmônica, participando dos melhores festivais de
música e programas da TV Record, representando o melhor da nossa música.
Nessa época, venceram um dos festivais com Ponteio, de Edu Lobo. Além
disso, Hermeto ganhou várias vezes como arranjador. No ano seguinte
gravou o LP QUARTETO NOVO, pela Odeon, onde registrou suas composições O
OVO e CANTO GERAL.
Em 1969, a convite de Flora Purim e Airto Moreira, viajou para os
EUA e gravou com eles 2 LPs, atuando como compositor, arranjador e
instrumentista. Nessa época, conheceu Miles Davis e gravou com ele duas
músicas suas: Nem Um Talvez e Igrejinha. De volta ao Brasil, gravou o
LP A MÚSICA LIVRE DE HERMETO PASCOAL, com seu primeiro grupo, em 1973.
Em 1976, retornou aos EUA, gravou o SLAVES MASS e realizou mais alguns
trabalhos com Airto e Flora.
Com o nome já reconhecido pelo talento, pela qualidade e por sua
criatividade, tornou-se a atração de diversos eventos importantes, como
o I Festival Internacional de Jazz, em 1978, em São Paulo. No ano
seguinte, participou do Festival de Montreux, na Suíça, quando é editado
o álbum duplo HERMETO PASCOAL AO VIVO, e seguiu para Tóquio, onde
participou do LIVE UNDER THE SKY. Lançou o CÉREBRO MAGNÉTICO em 1980 e
multiplica suas apresentações pela Europa.
Em 1982, lançou, pela gravadora Som da Gente, o LP HERMETO
PASCOAL & GRUPO. Em 1984, pelo mesmo selo, gravou o LAGOA DA
CANOA, MUNICÍPIO ARAPIRACA, onde registrou pela primeira vez o SOM DA
AURAcom os locutores esportivos Osmar Santos (Tiruliru) e José Carlos
Araújo (Parou, parou, parou). Esse disco também foi em homenagem à sua
cidade que se elevou, então, à categoria de município e conferiu-lhe o
título deCidadão Honorário. Em 1986, o BRASIL UNIVERSO, também com seu
grupo.
Compôs ainda a SINFONIA EM QUADRINHOS, apresentando-se com
a Orquestra Jovem de São Paulo. Em seguida, foi para Kopenhagen, onde
lançou a SUÍTE PIXITOTINHA, que foi executada pela Orquestra
Sinfônica local, em concerto transmitido, via rádio, para toda a Europa.
Em 1987, lançou mais um LP: o SÓ NÃO TOCA QUEM NÃO QUER, através
do qual o músico homenageia jornalistas e radialistas, como
reconhecimento pelo seu apoio ao longo da carreira. Em 1989, fez seu
primeiro disco de piano solo, o LP duplo POR DIFERENTES CAMINHOS.
Em 1992, já pela Philips, gravou com seu grupo o FESTA DOS DEUSES. Depois do lançamento, viajou à Europa para uma série de concertos na Alemanha, Suíça. Dinamarca, Inglaterra e Portugal.
Em 1992, já pela Philips, gravou com seu grupo o FESTA DOS DEUSES. Depois do lançamento, viajou à Europa para uma série de concertos na Alemanha, Suíça. Dinamarca, Inglaterra e Portugal.
Em março de 1995, apresentou uma Sinfonia no Parque lúdico do
Sesc Itaquera, em SP, utilizando os gigantescos instrumentos musicais do
parque. No mesmo ano foi a convite da Unicef para Rosário, Argentina,
onde apresentou-se para 2.000 crianças, sendo que seu grupo entrou para
tocar dentro da piscina montada no palco a pedido dele.
De 23 de junho de 1996 a 22 de junho de 1997, registrou uma
composição por dia, onde quer que estivesse. Essas composições fazem
parte do CALENDÁRIO DO SOM, lançado em 1999 pela editora Senac/ SP. Em
1999 lançou o CD EU E ELES, primeiro disco do selo MEC, no Rio de
Janeiro. Nesse CD produzido por seu filhoFábio Pascoal, Hermeto toca
todos os instrumentos.
Em 2003, lançou, com seu grupo, o cd MUNDO VERDE ESPERANÇA,
também produzido por Fábio. Em outubro de 2002, quando foi dar um
workshop em Londrina, PR, conheceu a cantora Aline Morena e convidou-a
para dar uma canja no dia seguinte com o seu grupo em Maringá, PR.
Em seguida ela foi para o Rio com ele e, no final de 2003,
Hermeto passou a residir em Curitiba, PR, com ela. Assim, passou a
dar-lhe noções de viola caipira, piano e percussão e, em março de 2004
estreou no Sesc Vila Mariana a sua mais nova formação: o duo CHIMARRÃO
COM RAPADURA (gaúcha com alagoano), com Aline Morena.
Em abril de 2004, embarcou para Londres para o terceiro concerto
com a Big Band local, sendo que o primeiro já havia sido considerado
o SHOW DA DÉCADA. Em seguida realizou mais alguns shows solo
em Tóquio eKyoto.
Em 2005 gravou o CD e o DVD "CHIMARRÃO COM RAPADURA", com Aline
Morena, além de realizar duas grandes turnês com seu grupo por toda a
Europa. O cd e o dvd de Hermeto Pascoal e Aline Morena foram lançados de
maneira totalmente independente em 2006.
Em 2010 lançou outro cd com Aline Morena, denominado Bodas de
Latão, em comemoração aos sete anos juntos na vida e na música! Esse cd
contem duas faixas multimídias, gravadas às margens do Rio São João, na
estrada da Graciosa, em Morretes, Paraná. Além disso, conta com
composições novas e antigas do Hermeto, uma composição e algumas novas
letras de Aline e uma música de Astor Piazzolla.
Atualmente, Hermeto Pascoal apresenta-se com cinco
formações: Hermeto Pascoal e Grupo, Hermeto Pascoal e Aline
Morena, Hermeto Pascoal Solo, Hermeto Pascoal e Big Band e Hermeto
Pascoal e Orquestra Sinfônica. Diz ele que, por enquanto, é só!!
Jorge de Lima
José Mateus de Lima nasceu em União dos Palmares, Alagoas, em 23
de abril de 1895. Filho de comerciante rico, mudou-se para Maceió em
1902. Iniciou o curso de Medicina em Salvador em 1909 e o concluiu no
Rio de Janeiro em 1914.
Seu grande destaque, entretanto, foi como poeta com grandes
influências no parnasianismo, mas adepto ao modernismo. Ainda em 1914,
publicou seu primeiro livro “XIV Alexandrinos”. Voltou à Maceió em 1915,
dedicando-se à Medicina, política e literatura.
Mudou-se novamente para o Rio de Janeiro com a revolução de 1930,
onde lecionou na Universidade do Brasil e na Universidade do Distrito
Federal. Nesta época, publicou várias obras, entre elas “Tempo e
Eternidade”, “Invenção de Orfeu”, “Livro dos Sonetos”.
Em 1940, foi contemplado com o Grande Prêmio da Poesia, pela
Academia Brasileira de Letras. Sua obra dita como a mais importante foi
“Invenção de Orfeu”, lançada em 1952. Sendo autodidata em artes
plásticas, Jorge de Lima também se dedicou à pintura. Faleceu em 15 de
novembro de 1953 no Rio de Janeiro.
José de Freitas Machado
Natural do município de Pão de Açúcar (1881-1955), Alagoas, formou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1903.
Iniciou sua carreira como químico no antigo Laboratório Municipal
de Análises do Rio de Janeiro, sendo um dos fundadores da Escola
Nacional de Química, atual curso de Química da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
Em 1913 torna-se professor catedrático de química inorgânica e
analítica da Escola Superior de Agricultura e Medicina
Veterinária (ESAMV), antes mesmo da criação do curso de Química
Industrial e Agrícola (1920).
Sua presença no cenário da química no Brasil estendeu-se até o
ano de 1946, quando se aposentou pela Escola Nacional de Química, hoje
Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da qual foi
o primeiro diretor (1934-1935).
Entre as realizações programadas para comemorar em 1922 o
primeiro centenário da independência do Brasil, contavam-se numerosos
congressos. Freitas Machado procurou então o superintendente geral
encarregado da organização da comemoração, o engenheiro Miguel Calmon Du
Pin e Almeida (1879-1935), sugerindo a realização de um congresso de
química.
Durante o Primeiro Congresso Brasileiro de Química, que Miguel
Calmon pediu que organizasse, na sessão de 10 de novembro de 1922, foi
organizada a Sociedade Brasileira de Chimica (1922-1951), Freitas
Machado viria a fazer parte da primeira diretoria como presidente
(1923-1924).
Em seu discurso de posse, publicado no Jornal do Commercio,
apontou as finalidades da nova sociedade, falou de associações
semelhantes na Inglaterra, França e Estados Unidos, terminando com a
frase "Esta associação não é de químicos brasileiros, mas de todos os
brasileiros interessados em química".
Na primeira sessão ordinária da Sociedade realizada em 12 de
junho de 1923, o presidente anunciou o registro dos estatutos e a
entrada da Sociedade como representante do Brasil na nova Union
Internationale de Chimie Pure et Appliquée (IUPAC), sediada em Paris.
A partir da década de 1930, quando começam a se formar os
primeiros químicos provenientes dos cursos de química industrial,
Freitas Machado se engajaria em uma nova luta, a regulamentação da
profissão de químico, procurando congregar não só os novos formandos,
mas, todos que até aquela data atuavam e eram reconhecidos como tal.
Em junho de 1952, foi agraciado com a medalha e o diploma Honra
ao Mérito pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, por sua valiosa
participação na criação e no desenvolvimento do ensino profissional da
química no Brasil.
José Marques de Melo
Jornalista, escritor, professor e ensaísta, José Marques de
Melo nasceu em 15 de junho de 1943, emPalmeira dos Índios, Alagoas. No
entanto, iniciou seus estudos primários em Santana do Ipanema, fez o
segundo grau no Colégio Batista Alagoano, em Maceió, e o concluiu em
Recife, no colégio Americano Batista.
Ainda em Recife, graduou-se em jornalismo em 1964 e em Direito em
1965. Em 1966, fez pós-graduação em Ciências da Informação Coletiva em
Quito, no Equador.
Começou a trabalhar como jornalista em 1959 em jornais como
“Gazeta de Alagoas” (Maceió), “Jornal do Comércio” (Recife), “A Gazeta”
(São Paulo). Colaborou com outros grandes jornais como “O Estado de São
Paulo” (São Paulo) e o “Zero Hora” (Porto Alegre).
Sua carreira acadêmica começou muito cedo, em 1966, no Instituto
de Ciências da Informação da Universidade Católica de Pernambuco
(Recife). Ainda em Pernambuco, teve a oportunidade de trabalhar e
tornar-se amigo do mestre educador Paulo Freire.
Ao se transferir para São Paulo, em 1967, fundou o Centro de
Pesquisas da Comunicação Social, mantido pela Faculdade de Jornalismo
Cásper Líbero, que até então estava ligada à PUC de São Paulo. José
Marques de Melo foi o primeiro Doutor em Jornalismo formado pela
Universidade Brasileira, em 1973.
Fez pós-doutorado nos Estados Unidos. Em 1988, desenvolveu
estudos na Universidade Complutense de Madrid, na Espanha. Foi
intitulado Catedrático UNESCO de Comunicação da Universidade Autônoma de
Barcelona, em 1992, também na Espanha.
Teve vários livros publicados, entre eles: Comunicação Social:
Teoria e Pesquisa (1970), Estudos de Jornalismo Comparado (1972),
Comunicação e Modernidade (1991), Teoria da Comunicação: Paradigmas
Latino-Americanos (1998).
Atualmente é docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Social da Universidade Metodista de São Paulo, sendo ainda, Titular da
Cátedra Unesco de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.
Lêdo Ivo
Nasceu no dia 18 de fevereiro de 1924, em Maceió, Alagoas, filho
de Floriano Ivo e Eurídice Plácido de Araújo Ivo. Casado com Maria Lêda
Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), tem o casal três filhos: Patrícia,
Maria da Graça e Gonçalo.
Fez os cursos primário e secundário em sua cidade natal. Em 1940,
transferiu-se para o Recife, onde ocorreu sua primeira formação
cultural. Em 1941, participou do I Congresso de Poesia do Recife. Em
1943 transferiu-se para o Rio de Janeiro e se matriculou na Faculdade
Nacional de Direito da Universidade do Brasil, pela qual se formou.
Passou a colaborar em suplementos literários e a trabalhar na imprensa
carioca, como jornalista profissional.
Em 1944, estreou na literatura com As Imaginações, poesia, e no
ano seguinte publicou Ode e Elegia, distinguido com o Prêmio Olavo
Bilac, da Academia Brasileira de Letras. Nos anos subseqüentes, sua obra
literária avoluma-se com a publicação de livros de poesia, romance,
conto, crônica e ensaio.
Em 1947, seu romance de estréia As Alianças mereceu o Prêmio de
Romance da Fundação Graça Aranha. Em 1949, pronunciou no Museu de Arte
Moderna de São Paulo a conferência A geração de 1945. Nesse ano,
formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, mas nunca advogou,
preferindo continuar exercendo o jornalismo.
No início de 1953, foi morar em Paris. Visitou vários países da
Europa e, em fins de 1954, retornou ao Brasil, reiniciando suas
atividades literárias e jornalísticas. Em 1963, a convite do governo
norte-americano, realizou uma viagem de dois meses (novembro e dezembro)
pelos Estados Unidos, pronunciando palestras em universidades e
conhecendo escritores e artistas.
Ao seu livro de crônicas A Cidade e os Dias (1957) foi atribuído
o Prêmio Carlos de Laet, da Academia Brasileira de Letras. Como
memorialista, publicou Confissões de um Poeta (1979), distinguido com
o Prêmio de Memória da Fundação Cultural do Distrito Federal, e O Aluno
Relapso (1991).
Seu romance Ninho de Cobras foi traduzido para o inglês, sob o
título Snakes’ Nest, e em dinamarquês, sob o título Slangeboet. No
México, saíram várias coletâneas de poemas seus, entre as quais La
Imaginaria VentanaAbierta, Oda al Crepúsculo, Las Pistas, Las Islas
Inacabadas, La Tierra Allende, Mía Patria Húmeda e Réquiem.
Em Lima, foi editada uma antologia, Poemas; na Espanha sairam La
Moneda Perdida e La Aldea de Sal; nos Estados Unidos, Landsend,
antologia poética; na Holanda, a seleção de poemas Vleermuizen em blauw
Krabben (Morcegos e goiamuns). No Chile, saiu a antologia Los
Murciélagos. Na Venezuela, foi publicada a antologia El Sol de los
Amantes. Na Itália foram publicados Illuminazioni e Réquiem.
Em 1973, foram conferidos a Finisterra o Prêmio Luísa Cláudio de
Sousa (poesia) do PEN Clube do Brasil, oPrêmio Jabuti, da Câmara
Brasileira do Livro, e o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito
Federal e oPrêmio Casimiro de Abreu do Governo do Estado do Rio de
Janeiro. O seu romance Ninho de Cobrasconquistou o Prêmio Nacional
Walmap de 1973. Em 1974, Finisterra recebeu o Prêmio Casimiro de Abreu,
do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1982, foi distinguido com o Prêmio Mário de Andrade, conferido
pela Academia Brasiliense de Letras ao conjunto de suas obras. Ao seu
livro de ensaios A Ética da Aventura foi atribuído, em 1983, o Prêmio
Nacional de Ensaio do Instituto Nacional do Livro. Em 1986, recebeu
o Prêmio Homenagem à Cultura, da Nestlé, pela sua obra poética.
Eleito Intelectual do Ano de 1990, recebeu o Troféu Juca Pato do
seu antecessor nessa láurea, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo
Evaristo Arns. Ao seu livro de poemas Curral de Peixe o Clube de Poesia
de São Paulo atribuiu o Prêmio Cassiano Ricardo – 1996. Em 2004 foi-lhe
outorgado o Prêmio Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de
Janeiro, pelo conjunto da obra.
Na Itália foram publicadas a antologia Illuminazioni e uma
tradução doRéquiem e no Chile a antologia poéticaLos Murciélagos. Na
Espanha, foram publicadas as antologias La Monedaperdida e La Aldeiade
sal e os livros de poemas Rumor Nocturno e Plenilúnio.
No plano internacional, Lêdo Ivo é detentor do Prêmio de Poesia
del Mundo Latino Victor Sandoval (México, 2008), do Prêmio de Literatura
Brasileira da Casa de las Américas (Cuba, 2009) e do Prêmio Rosalía de
Castro, do PEN Clube da Galícia (Espanha, 2010). Ao longo de sua vida
literária, Lêdo Ivo tem sido convidado numerosas vezes para representar o
Brasil em congressos culturais e participar de encontros internacionais
de poesia.
É sócio efetivo da Academia Alagoana de Letras, sócio
honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, sócio
efetivo da Academia de Letras do Brasil, sócio honorário da Academia
Petropolitana de Letras, sócio correspondente do Instituto Histórico e
Geográfico do Distrito Federal.
Condecorações: Ordem do Mérito dos Palmares, no grau de Grã-Cruz;
Ordem do Mérito Militar, no grau de Oficial; Ordem do Rio Branco, no
grau de Comendador; Medalha Manuel Bandeira; Cidadão honorário de
Penedo, Alagoas. É Grande Benemérito do Real Gabinete Português de
Leitura do Rio de Janeiro e DoutorHonoris Causa pela Universidade
Federal de Alagoas. Pertence ao PEN Clube Internacional, sediado em
Paris.
Quinto ocupante da Cadeira nº 10 na Academia Brasileira de
Letras, eleito em 13 de novembro 1986, na sucessão de Orígenes Lessa e
recebido em 7 de abril de 1987 pelo acadêmico Dom Marcos Barbosa.
Recebeu os acadêmicos Geraldo França de Lima, Nélida Piñon e Sábato
Magaldi.
Linda Mascarenhas
Alagoana de Maceió, nascida no bairro da Levada em 14 de maio de
1895, Linda Mascarenhas foi professora de francês, português e inglês.
Promoveu espetáculos teatrais e operetas, como “O Mistério do Príncipe”
em 1946 e O Herdeiro de Naban, em 1950, ambos de sua autoria.
Em 1944 fundou o Teatro de Amadores de Maceió juntamente com
Aldemar de Paiva e Nelson Porto. Em 1955, tornou-se presidente-fundadora
da Associação Teatral das Alagoas (ATA), exercendo as funções de
dramaturga e diretora de cena. Como atriz, estreou na peça O Idiota,
baseada no romance de Dostoievski.
Fundou a Associação de Cronistas Teatrais de Alagoas (ACTA) em
1958. Na década de 1970, associou-se à Federação Alagoana de Teatro
Amador (FATA) e ao Grupo Literário de Alagoas (GLA). Em 1961, trouxe a
prática do teatro de arena para Maceió, com a peça de Gianfrancesco
Guarnieri, Eles Não Usam Black Tie.
Participou de festivais de teatros realizados no Brasil inteiro,
ficando assim nacionalmente conhecida no campo das artes cênicas. Linda
Mascarenhas veio a falecer no dia 9 de junho de 1991, deixando como
herança, seu exemplo de empenho e extrema dedicação em nome do teatro.
Nelson da Rabeca
Nelson dos Santos, nascido em 1929, em Joaquim Gomes, Alagoas, é
compositor, instrumentista e construtor de rabecas autodidata. Começou a
tocar esse instrumento com 54 anos de idade.
Sua obra abrange vários gêneros da cultura rural nordestina,
como baião, xote, marcha, forró. Apreciado em Alagoas por um público
cada vez maior e reconhecido por estudiosos e músicos Brasil afora,
Nelson da Rabeca é o tema de um dos oito capítulos do livro Rabeca, o
som inesperado (2002), que acompanhou Nelson e mais três rabequeiros do
sul do país no processo de construção do instrumento.
Nelson dos Santos, mais conhecido como Nelson da Rabeca, que, até
seus 54 anos de idade era cortador de cana nas usinas de Marechal
Deodoro, cidade próxima a Maceió, e que ao ver um violino pela
televisão, apaixonou-se pelo instrumento e decidiu fazer o seu próprio.
Daí nasceu a rabeca, que transformou sua vida. Passou a
confeccionar e a tocar o instrumento, como ele próprio diz: “de cabeça”,
sem nenhuma aula ou orientação. Ficou conhecido depois que começou a
frequentar a Praia do Francês, onde tocava e vendia suas rabecas.
Em meados dos anos 90 passou por um problema de saúde que o
deixou de cama. Por morar numa casa muito humilde e afastada da cidade,
um grupo de amigos e admiradores criou o movimento Amigos do Nelson que
tinha por objetivo arrecadar dinheiro para comprar uma casa mais digna e
próxima, pois ele morava no distrito de Taquanduba.
Nessa época (2001) gravou o seu primeiro CD Caranguejo Danado,
pelo SESC, o que lhe valeu um convite para participar do projeto Sonora
Brasil, percorrendo o país e conquistando mais admiradores, como Hermeto
Paschoal, Siba (Mestre Ambrósio), Mestre Salustiano (PE), Antônio
Nóbrega, Wado etc... Com o dinheiro dos shows foi possível comprar a
casa em que mora atualmente, onde tem a sua oficina e onde recebe os
amigos.
Hoje, Nelson já gravou três CDs, gravou um show em DVD, tocou em
quase todo o Brasil, participou por uma segunda vez do Sonora Brasil,
foi entrevistado por Jô Soares, tocou no Canecão, no Rio de Janeiro, e
teve sua vida num documentário: o vídeo Rabequiê - a vida e a obra de
Nelson da Rabeca, que eu produzi e minha amiga Fernanda Reznik dirigiu. O
documentrio conta a história deste que é um dos mais queridos e
talentosos artistas alagoanos.
Nelson da Rabeca é uma das pessoas mais iluminadas que existe.
Toda a sua história, garra e determinação, sem falar em seu carisma, me
conquistou em 1994, quando eu acompanhava um amigo músico, Alexon
Dourado, num passeio de bicicleta até Marechal Deodoro, para a compra de
uma rabeca. Desde então, surgiu uma amizade e uma admiração muito
grande entre nós dois. Sempre o admirei, como artesão, músico e como
pessoa.
Em 2004, lançei o CD Música Popular Alagoana Volume I, com o
próprio Nelson da Rabeca, Tororó do Rojão, Verdelinho e Jurandir Bozo. A
nossa idéia é possibilitar que as pessoas conheçam esses artistas
alagoanos que tanto fazem por Alagoas, através de sua arte. Nelson da
Rabeca simboliza muito bem tudo isso, pois quase 82 anos de idade é um
exemplo de vida e de profissional. Além de músico de mão cheia, é um
artesão como poucos.
Hoje todos o conhecem por Nelson da Rabeca, sempre acompanhado de
sua companheira Benedita conquista a todos por seu talento e simpatia,
com um sorrisso solto, quase infantil.
Nise da Silveira
Nise da Silveira nasceu em Maceió em 1906. Em 1926 tornou-se
médica, graduada pela Faculdade de Medicina da Bahia, sendo a única
mulher numa turma predominantemente masculina.
Em 1927, com a morte de seu pai, Nise foi para o Rio de Janeiro,
onde em 1933 deu início à sua carreira como psiquiatra no hospício da
Praia Vermelha, atualmente conhecido como Hospital Pinel.
Durante o período da ditadura, em 1935, livros socialistas foram
encontrados em seu quarto e, mesmo não sendo adepta do comunismo, Nise
foi denunciada e ficou presa por um ano e quatro meses. Foi nessa
ocasião que conheceu Graciliano Ramos e outros seguidores do movimento
socialista.
Em 1944 voltou ao cargo de psiquiatra, desta vez no Hospital
Pedro II, em Engenho de Dentro. Lá, Nise começou a ignorar os métodos
clássicos de psiquiatria. Por causa desta "rebeldia", a alagoana foi
transferida para outro setor do hospital, considerado menos nobre, local
em que os pacientes faziam serviços de limpeza supervisionados por uma
‘terapeuta ocupacional’.
Nise persistiu em seus estudos e acanbou fundando a Seção
Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR), local em que os internos
se deveriam sentir-se bem acolhidos e, acima de tudo, respeitados.
Aplicou diversos tipos de atividades educacionais terapêuticas – teatro,
pintura, música, etc.
Ela acreditava que o contato afetivo dos monitores com os
internos poderia influenciar e ajudar na recuperação da autonomia uma
vez perdida, a partir do momento em que estes se desligaram da realidade
e mergulharam num mundo de abismos absolutos.
Para a médica, os pacientes sofriam com a discriminação no meio
social e até mesmo dentro do próprio hospital, local que por princípio
deveria promover a cura do paciente e não traumatizá-lo.
Finalmente, em 1952, fundou o Museu da Imagem do Inconsciente com
obras produzidas pelos frequentadores do STOR. Por diversas vezes o
museu passou dificuldades por falta de verba, mas ainda hoje é mantido
graças aos apaixonados que continuam batalhando para mantê-lo ativo.
Nise da Silveira foi uma grande conhecedora de Freud, mas foi em
Carl Gustav Jung que encontrou a essência para o desenvolvimento de sua
pesquisa. Seus estudos tratavam da busca do sentido das vivências de
seus pacientes, expressas de forma dramática através da arte plástica.
Reconhecida internacionalmente por tudo o que fez em nome da
psiquiatria, esta alagoana publicou diversos trabalhos, entre eles uma
biografia de Jung, o livro “A Imagem do Inconsciente” e o
ensaio “Imagem, Ação, Afeto”.Sua última publicação foi a obra“Gatos, a
Emoção de Lidar” , sobre seus animais preferidos.
Nise da Silveira morreu de insuficiência respiratória em 30 de outubro de 1999, aos 93 anos, no Rio Janeiro.
Nise da Silveira morreu de insuficiência respiratória em 30 de outubro de 1999, aos 93 anos, no Rio Janeiro.
Pontes de Miranda
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda nasceu em Maceió em 23 de
abril de 1892. Bacharel pela Faculdade de Direito de Recife (PE) em
1911, seus primeiros livros - À margem do direito (1912) e A moral do
futuro (1913), mereceram o estímulo de Clóvis Beviláqua, Rui Barbosa e
José Veríssimo.
Familiarizado com autores europeus – em especial os alemães, o
escritor e jurisconsulto Pontes de Miranda difundiu novos métodos e
concepções do direito no Brasil. Sua obra, pioneira em diversos setores
da ciência jurídica, do direito constitucional ao civil, do processual
ao comercial.
Essas obras foram o início de uma vasta produção bibliográfica
que se alonga por 144 volumes e abrange sociologia, filosofia, política e
poesia, além do direito, tema de 128 volumes, num total de 29 títulos.
Advogado e publicista, somente em 1924 ingressou na magistratura
como juiz de órfãos. Nessa ocasião, tinha mais três obras publicadas:
História prática do habeas-corpus; Direito positivo comparado,
constitucional e processual (1916); Direito de família; Exposição
técnica e sistemática do Código Civil brasileiro (1917) e Sistema de
ciência positiva do direito (1922).
Em seguida, trabalhou como desembargador do antigo Tribunal de
Apelação do Distrito Federal, época em que também representou o Brasil
em duas conferências internacionais: Santiago, no Chile, em 1923, e
Haia, nos Países Baixos, em 1932. Essas experiências influíram em sua
transferência para a carreira diplomática em 1939, quando foi nomeado
embaixador na Colômbia.
Posteriormente, voltou a desempenhar funções de representante do
país em conferências internacionais até 1943, quando afastou-se da
diplomacia e dedicou-se às atividades profissionais de parecerista e
escritor. Reuniu os ensaios "A sabedoria dos instintos" e "A sabedoria
da inteligência", além de exercícios poéticos, em Obras literárias:
prosa/poesia (1960).
A mais importante contribuição de Pontes de Miranda situa-se no
campo do direito público, em especial no direito constitucional. Nas
obras que publicou ao longo de mais de meio século, o autor seguiu uma
linha coerente de pensamento, liberal e democrático, e combateu os
desvios autoritários que por vezes desfiguraram as instituições
brasileiras.
Não obstante essa formação liberal e democrática, evitou em seus
estudos o tratamento político dos temas constitucionais, em favor da
preocupação técnico-jurídica. E mais, a valorização dos direitos sociais
em sua obra constitucionalista, que enquadrou e ajustou às liberdades
clássicas.
Também coube ao jurista iniciar, com sua obra sobre a ação
rescisória, a renovação do direito processual civil, introduzindo no
Brasil as modernas doutrinas européias a respeito.
Pontes de Miranda morreu no Rio de Janeiro RJ, em 22 de dezembro de 1979.
Théo Brandão
Nascido na cidade de Viçosa, Alagoas, em 26 de janeiro de
1907, Theotônio Vilela Brandão era filho de médico e farmacêutico.
Iniciou seus estudos ainda em Viçosa, transferindo-se juntamente com sua
família para Maceió aos dez anos de idade, terminando na capital o
segundo grau.
Em 1923 ingressa na Faculdade de Medicina em Salvador, concluindo
o curso no Rio de Janeiro em 1929. Formou-se também em Farmácia, em
1928. Colaborava diretamente do Rio de Janeiro com poemas e crônicas
enviadas para os jornalzinhos de sua cidade natal, Viçosa.
Mudou-se para Recife em 1930, onde trabalhou como pediatra no
Hospital Manoel S. Almeida e na Inspetoria de Higiene Infantil e
Pré-Escolar do Departamento de Saúde Pública de Pernambuco.
De volta à Maceió, continua a exercer a profissão de pediatra e
obstetra. Fez parte da Geração Intelectual de Alagoas, que tinha como
membros nomes ilustres como Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz e
Aurélio Buarque de Holanda.
Foi folclorista e publicou diversos trabalhos sobre o folclore
alagoano, entre eles, “Folclore em Alagoas” em 1949, pelo qual recebeu
um prêmio da Academia Alagoana de Letras e o Prêmio João Ribeiro, da
Academia Brasileira de Letras.
Em 1960 assumiu a cadeira de Antropologia da Universidade Federal
de Alagoas. Participou de sociedades de antropologia no Brasil,
Portugal e Espanha. Em 20 de agosto de 1975, foi criado o museu Théo
Brandão para que fosse abrigada a sua coleção de arte popular doada à
Universidade Federal de Alagoas.
Théo Brandão morreu em Maceió, no dia 29 de setembro de 1981. Seu
corpo foi velado no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore.
Marechal Floriano Peixoto
O Marechal Floriano Peixoto (1839 - 1895) nasceu em Ipioca,
bairro de Maceió, e fez carreira militar no Rio de Janeiro, onde era
respeitado pela sua conduta, chegando a ser eleito Vice-Presidente da
chapa contrária a Deodoro, com uma votação superior a do próprio
Presidente. Seu governo, de 1891 a 1894, consolidou a República e
Floriano passou a ser conhecido como o Marechal de Ferro pelo seu poder
e pertinácia, vencendo os rebeldes e adotando medidas que favoreciam
as classes mais pobres, até o fim de seu andato.
Marechal Deodoro da Fonseca
O Militar e Político Manuel Deodoro da Fonseca (1827 -
1892), nasceu em Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, antiga capital de
Alagoas. Participou de várias guerras e batalhas em defesa da pátria.
Proclamou a República, tornou-se chefe do Governo Provisório, de 1889 a
1891. Foi eleito o primeiro Presidente do Brasil, em 1891. Seu governo
foi marcado por crises sucessivas. Renunciou à República, sendo
substituído por outro alagoano, o Marechal Floriano Peixoto.
Pierre Chalita
Filho de família de imigrantes libaneses, é arquiteto
formado pela Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro.Estudou,
também, na Academia de Belas Artes San Fernando (Madrid – 1957) e na
Escola de Belas Artes de Paris (1958). Coube-lhe, em face de indicação
expedida pela UNESCO, ser o decorador-chefe do filme Les mimes
orienteaux et occidenteaux, de Jean Doat e Paul Bordry (Paris – 1960).
Sua obra é marcada pelo trágico da condição humana, pela
exaltação do sentimento e pelo calor da carne. A sedução do movimento e
a profusão de cores está sempre presente em seu mundo e no ventre das
suas alegorias pctóricas. Chalita ilustrou diversas obras literárias,
entre elas Um Gosto de Mulher (poesia) e Vida, Paixão e Morte do Irmão
das Almas” (novela), de Carlos Méro. Faleceu em 30 de Julho do ano de
2010
Marta Vieira da Silva
Mais conhecida como Marta, nasceu em Dois Riachos no dia 19
de fevereiro de 1986. É uma futebolista brasileira que atua
como atacante. Escolhida como melhor jogadora de futebol do mundo por
cinco vezes consecutivas, consagrou este um recorde entre mulheres e
homens. Foi considerada pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais
influentes do ano de 2009.
Após a grandes exibições Marta chegou a ser comparada a Pelé,
sendo chamada pelo mesmo de o "Pelé de Saias". A alagoana declarou que
se emocionou ao saber que o rei do futebol acompanhou os jogos da
seleção feminina. Além disso, entrou na calçada da fama do Maracanã,
sendo a primeira e, até agora, a única mulher a deixar a marca dos pés
neste local.
Djavan
Djavan Caetano Viana, cantor, compositor, produtor
musical e violonista, nasceu em 27 de janeiro de 1949 na capital de
alagoas, Maceió As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas "cores".
Ele retrata muito bem em suas composições a riqueza das cores do
dia-a-dia e se utiliza de seus elementos em construções metafóricas de
maneira distinta dos demais compositores. As músicas são amplas,
confortáveis chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até
hoje é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música
cantada. Djavan combina tradicionais ritmos sul-americanos com música
popular dos Estados Unidos, Europa e África. Entre seus sucessos
musicais destacam-se, "Seduzir", "Flor de Lis", "Lilás", "Pétala",
"Se…", "Eu te Devoro", "Açaí", "Segredo", "A Ilha", "Faltando um
Pedaço", "Oceano", "Esquinas", "Samurai", "Boa Noite" e "Acelerou".
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