O Tesouro Holandês de Porto Calvo
Jayme de Altavila
Série Estudos Alagoanos – Departamento Estadual de Cultura – Maceió – AL, 1961.
Edição do dia 30 de novembro de 2005
Cultura alagoana, ontem
Ano de 1961. Vale destacar. Trata-se do movimento intelectual de então. De sua criatividade fecunda, de sua intelectualidade produtiva. Uma época marcada pela inteligência cultivada e da oportunidade de manifestação dos intelectuais de então.
Período histórico representativo. No presente comentário, referente às atividades consubstanciadas nas publicações do Departamento Estadual de Cultura, então dirigido pelo grande jornalista Arnaldo Jambo.
Assim, temos a assinalar: I- Guedes de Miranda, Holandeses em Porto Calvo; II- J. Silveira, Exaltação das Lagoas; III- Abelardo Duarte, O periodismo Literário nas alagoas; IV- Jayme d’Altavilla, O tesouro Holandês de Porto Calvo; V- Aloísio Vilela, O coco nas Alagoas; VI- Paulino Santiago, Presença de vovô índio; VII- Felix Lima Junior, Historia dos teatros de Maceió; VIII- Gilberto de Macedo, Atualidade de Arthur Ramos.
Como dá a entender, o conjunto permite a visão da cultura alagoana, em sua multiplicidade de aspectos e com a cuidadosa atenção metodológica, exigida pela direção editorial do DEC em sua prestigiosa Série de Estudos Alagoanos, documentários de nossa cultura intelectual daquela referida época.
A riqueza de aspectos abordados atende à complexidade da matéria numa sociedade em evolução.
Uma visão pluralista e multi disciplinar. Uma iniciativa, portanto, da maior importância histórica e cultural. Um assunto do interesse de toda a sociedade, posto que o esquecimento imposto pelo imediatismo interesseiro materialista, invade todos os espaços. E sobretudo, de valor para as novas gerações de estudiosos, privados dessa história cultural reveladora da realidade desse passado.
E mais ainda, anunciadas, publicações de Adalberom Cavalcante Lins Férias; Beroaldo Maia Gomes, Aspectos Econômicos e Sociais das Secas; Mendonça Junior O amor nas alagoas; Carlos Moliterno, Notas de jornal; Abelardo Duarte, História de Liceu Alagoano; Theo Brandão, Autos natalinos de Alagoas; Moacir Medeiros de Santana, Dois historiadores Alagoano; Jose Pimentel de Amorim, Medicina popular em Alagoas; Félix Lima Junior, Fortificações históricas de Maceió; Osman Loureiro, Elogio de Sinimbú; Nabuco Lopes, Ensaio sobre alimentação regional.”
Desses, uns lograram fama, E ficamos todos na expectativa da história construída pelos próprios escritores.
Como se pode perceber, uma contribuição verdadeiramente representativa de nossa cultura.
(*) É médico.
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