UM NATAL BEM BRASILEIRO! UM NATAL BEM ALAGOANO!
"É preciso que o brasileiro
comemore seu Natal brasileiramente. Dizendo não a Papai Noel, a neves, a
trenós. E sim, ao Menino Deus, a lapinhas, a pastoris, ao pastel da ceia de
Natal." GILBERTO FREYRE (1926)
GILBERTO FREYRE
A
beleza do Natal castiçamente brasileiro está em ser uma consagração de Deus
Menino ou de Menino Jesus. Em contraste com o Natal europeu, cuja figura
central é a de um bom e risonho Velho. O Deus Menino irradia esperança. Ilumina
futuros. Dá confiança no que está para vir. Papai Noel tornou-se um mito
grandemente comercializado e, ao mesmo tempo, a serviço de indústrias
produtoras de artigos para presentes. Um mito correspondente a uma fase da
civilização europeia, a cuja criatividade industrial e vitalidade comercial na
vêm faltando aspectos os mais positivos. O Natal é um desses aspectos, quer
através de cordial e até fraterna troca de presentes entre adultos, quer das
árvores de Natal com presentes para adultos e crianças. E com Papai Noel, de
barbas brancas e metido em grosso casaco vermelho a resguardá-lo de neves, de
frios não brasileiros, a representar, para gente dos trópicos brasileiros e de
outras terras tropicais, uma navegação de verdes e dos verões como os do
Brasil. O Menino Deus é um mito romântico. E sobretudo, um mito ecológico.
Trata-se de Menino Deus nascido entre verdes quase tropicais. Quase
brasileiros. Menino que teria crescido em vegetação semelhante à brasileira. É,
portanto, figura muito mais nossa que o, aliás, bom velhote. Muito mais capaz
de nos animar, aos brasileiros, meninos e adultos, de esperanças e alegrias. De
regosijos em torno de sua figura. Regosijos em torno de seu presépio. Pastoris,
cantos e danças em seu louvor. Fonte:
FREYRE, Gilberto. Um Natal bem brasileiro. Revista Bandepe. Recife, p.4, dez.
1982.
O
Grande sociólogo Gilberto Freyre, em 1926, publicou um manifesto que intitulou
de “Um Natal bem brasileiro” no qual
foi um dos primeiro a propor um natal genuinamente brasileiro, sem influencias
do “Papai Noel”. Em tempos de Modernidade Liquida, o “bom velhinho” é um ícone
do consumismo natalino, em épocas de individualismo pós-moderno capitalista.
Que
os símbolos do Natal despertem em todos nós fraternidade, o amor e a esperança
de que tanto necessitamos.
Sabemos
que em Alagoas em 2013, nem tudo foram flores.
Todavia, devemos transpor obstáculos, ir em frente, superar desafios. A
Natureza como prova de uma existência maior. A Bondade como o meio mais
perfeito. A Paz e a Felicidade como grande finalidade da jornada humana. Que
cada um lute por melhores dias, cumpra sua parte no processo de Humanização do
Universo em que vivemos. Sonhe, idealize, trabalhe, proteja, pesquise,
proponha, desenvolva, refaça, tente novamente, caia, levante, ande, corra pare,
pense, reflita, sinta, mentalize, tenha esperança, cultive, ame, invista,
exemplifique, olhe, conquiste, exemplifique, simplifique e sempre idealize tudo
que se realiza! A todos aqueles que nos acompanharam neste ano, nosso
reconhecido agradecimento. Desejamos a todos os alagoanos, brasileiros e povos
do mundo: FÊ, PAZ, LUZ, AMOR, FORÇA, SAÚDE, UNIÃO, ALEGRIAS,
ESPERANÇA, AMIZADE, BRAVURA, RESPEITO, GRATIDÃO, PACIÊNCIA, IGUALDADE,
HARMONIA, EQUILÍBRIO, DIGNIDADE, LIBERDADE, BOA SORTE, TENACIDADE, HUMILDADE,
AUTONOMIA, PERSISTÊNCIA. BENEVOLÊNCIA, PROSPERIDADE, COMPREENSÃO, CONSIDERAÇÃO,
SOLIDARIEDADE, RECONHECIMENTO! BOAS FESTAS E UM MARAVILHOSO NATAL!
JEFFERSON
PALMEIRA
Fundador e Presidente da Academia Portocalvense de História Letras e
Artes (APHLA)
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