sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

DO FIO DA MEMÓRIA AO TECIDO DA HISTÓRIA: A PRODUÇÃO ALGODOEIRA NO AGRESTE ALAGOANO (1950-1959)

DO FIO DA MEMÓRIA AO TECIDO DA HISTÓRIA: A PRODUÇÃOALGODOEIRA NO AGRESTE ALAGOANO (1950-1959) 


E-mail: erica18olivet@gmail.com


Resumo: A produção algodoeira no início do século XX foi abrangente em regiões do sertão e do agreste alagoano. O solo enxuto e fértil dessas regiões foi um dos fatores para o desenvolvimento dessa produção; A possibilidade de seu plantio consorciado com outros grãos alimentícios, a exemplo do feijão, do milho, da fava, e até mesmo em algumas regiões com o tabaco, favoreceu à adesão dos trabalhadorxs rurais ao cultivo algodoeiro. Com o trabalho nos roçados embranquecidos de algodoais, essxs trabalhadorxs mantiveram alimentação de subsistência familiar extraída da terra, ou seja, os gêneros alimentícios ao mesmo tempo que a colheita e venda do algodão possibilitava uma renda econômica para comprar os produtos que não eram gerados na terra. O fervor desta produção propiciou a construção de uma rede de relações sociais – relação com o outro, relação com a terra, com o trabalho. O algodão e as memórias de seu cultivo, nesse cenário, persistem como rastros, ou como marcas do passado – memórias – de trabalhadorxs que atuaram em seu plantio, cultivo, testemunhos que embora aparentemente silenciados, através da narrativa historiográfica pode ressurgir, ou mesmo insurgir quando consideradas as inquietações do nosso presente. Nossos aportes teórico-metodológico estão embasados nos pressupostos de Foucault (1979), Benjamim (1996); Bastos (1938); Duiégues Júnior (1980).

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