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Resumo: A produção algodoeira no início do século XX foi abrangente em regiões do
sertão e do agreste alagoano. O solo enxuto e fértil dessas regiões foi um dos fatores
para o desenvolvimento dessa produção; A possibilidade de seu plantio consorciado
com outros grãos alimentícios, a exemplo do feijão, do milho, da fava, e até mesmo em
algumas regiões com o tabaco, favoreceu à adesão dos trabalhadorxs rurais ao cultivo
algodoeiro. Com o trabalho nos roçados embranquecidos de algodoais, essxs
trabalhadorxs mantiveram alimentação de subsistência familiar extraída da terra, ou
seja, os gêneros alimentícios ao mesmo tempo que a colheita e venda do algodão
possibilitava uma renda econômica para comprar os produtos que não eram gerados na
terra. O fervor desta produção propiciou a construção de uma rede de relações sociais –
relação com o outro, relação com a terra, com o trabalho. O algodão e as memórias de
seu cultivo, nesse cenário, persistem como rastros, ou como marcas do passado –
memórias – de trabalhadorxs que atuaram em seu plantio, cultivo, testemunhos que
embora aparentemente silenciados, através da narrativa historiográfica pode ressurgir,
ou mesmo insurgir quando consideradas as inquietações do nosso presente. Nossos
aportes teórico-metodológico estão embasados nos pressupostos de Foucault (1979),
Benjamim (1996); Bastos (1938); Duiégues Júnior (1980).
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