DR. CLÁUDIO ANTONIO JUCÁ SANTOS (JUCÁ SANTOS) Príncipe dos Poetas de Maceió

Palavras para você Cláudio Antonio Jucá Santos (Jucá Santos)
Por Pedro Macedo
Palavras para você Cláudio Antonio Jucá Santos, locutor, rádio ator e cronista parlamentar e policial, advogado, escritor e poeta, natural de Maceió, onde nasceu no dia 10 de junho de 1933.


Um dos pioneiros nele ingressando em 1951, logo nos primeiros anos de vida do rádio alagoano quando a Difusora tinha apenas 3 anos de fundada. Trabalhou nas três emissoras existentes à sua época: Rádio Difusora de Alagoas, Rádio Progresso de Alagoas e Rádio Gazeta de Alagoas, no total de 16 anos. Nelas exerceu funções importantes, confiadas apenas aos profissionais de grande sensibilidade e reconhecido conhecimento artístico e jornalístico tais como as de Diretor Artístico de duas das emissoras e Diretor do Departamento de Notícias das três emissoras às quais emprestou o seu talento.


Sua versatilidade lhe possibilitou atuar como locutor, inclusive tendo sido chefe dos locutores, contra regra, rádio ator e cronista parlamentar e policial.


No rádioteatro da Difusora teve a oportunidade de atuar com nomes famosos da época como: Lima Filho, Ezequias Alves, Aldemar Paiva, Cláudio Alencar, Oswaldo Braga, Haroldo Miranda, Eunice Pontes, Nilda Neves, Odete Pacheco, Iracema Feijó e Jesualdo Ribeiro, um cast de bambas na arte de representar.


Recentemente Jucá Santos me enviou email registrando parte de sua trajetória no rádio alagoano e que, aliás, fiz questão de destacar nesta crônica e também com muita satisfação publiquei com destaque, tempos atrás, em nosso site. Nesta oportunidade Jucá Santos fez questão de lembrar nomes que hoje fazem parte da relação de ausentes do nosso mundo mas que tiveram uma passagem de sucessos nos anos de ouro do ra´dio de Alagoas tais como: CLAUDIUS JUCÁ, DITINHO (Da dupla OS IRMÃOS EDSON), SADY BRANDÃO, JOÃOZINHO (Cantor Mirim), MARRECO e MARROQUE (Da dupla Marreco e Marroque), PAULO HORÁCIO (O imitador de Bob Nelson) todos merecendo a nossa citação e respeito pelo que fizeram à época, nas emissoras alagoanas.


Fundador com outros colegas da Associação Alagoana de Rádio e posteriormente Sindicato dos Radialistas de Alagoas, tendo sido o primeiro diretor de ambas as entidades.


Jucá Santos sempre foi preocupado com a categoria que pertencia tanto assim que se juntou a outros colegas e fundou a Associação Alagoana de Rádio para posteriormente fundar o Sindicato dos Radialistas, até hoje existente pugnando pelos direitos dos nossos colegas radialistas que se encontram em atividade. Vale ressaltar que Jucá foi diretor de ambas as entidades com todo apoio da categoria em virtude dasua liderança.


A par desta participação ativa e significativa no rádio alagoano, Jucá Santos tem destacada atuação literária em nosso Estado.


Fundador da Academia Maceioense de Letras nos idos de 1955 sendo por vários anos o seu Presidente. Dentre tantas honrarias recebidas ao longo dos seus 77 anos, recentemente foi homenageado pela Câmara Municipal, que lhe outorgou o título de “Cidadão Benemérito de Maceió”. Em agosto de 2005 foi eleito “Príncipe dos Poetas de Maceió”. É sem sombra de dúvidas um dos maiores sonetistas alagoanos. Teve a oportunidade de publicar oito livros além de sua participação em várias antologias brasileiras. Seu prestigio nas camadas culturais de nossa terra lhe garante destacada participação em várias entidades culturais alagoanas e outras de âmbito nacional.


Finalmente quero agradecer a gentileza de nos ter enviado o email que possibilitou a lembrança de lhe prestar esta singela homenagem com destaque em nosso site. A intenção do nosso trabalho no Jornal Cultural é resgatar o período de ouro do rádio alagoano onde com excelente trabalho você fez parte. Lamentável para nós é a falta de registro de épocas pretéritas, em jornais, livros, ou em outros meios, o que resulta exatamente no esquecimento de pessoas que merecem citação e reconhecimento por suas brilhantes atuações em nossos meios de comunicação. Por isso mesmo gerações de hoje e futuras não têm contato com o passado pioneiro que você pertenceu, entre os quais os que estão relacionados em sua comunicação. Acho importantíssimo que esse contato tenha acontecido, pois me possibilita colocar à sua disposição o espaço que desejar para ampliar as nossas informações relacionadas com: curiosidades, história e principalmente sobre as pessoas que participaram desta importante fase do nosso rádio. Palavras para você: Jucá Santos.











PRÊMIO JUCÁ SANTOS 


Por Djalma Carvalho 

Quando o saudoso cronista e escritor Amaro Guedes da Rocha indicou meu nome para a Academia Maceioense de Letras, teve ele o cuidado e o zelo de fazer-me a seguinte observação: “Lá você vai encontrar um homem abnegado, irrequieto, irmão e amigo de verdade.”

O “irmão e amigo de verdade”, segundo o cronista, vinha da confraria da loja maçônica da qual os dois eram membros ativos. O “abnegado e irrequieto”, afinal, ficava por conta da dedicação que o poeta Cláudio Antônio Jucá Santos dispensava à Academia, como seu presidente desde o ano de 1959. Em verdade, a história desta casa de letras, não obstante fundada em 1955, teria começado, propriamente, em 1950, com a história do Centro Cultural Emílio de Maia, sodalício que se achava efetivamente inserido na paisagem literária alagoana daquela época e que congregava um punhado de jovens intelectuais embalados pelos mesmos sonhos e ideais de Jucá Santos.

Mais uma merecida homenagem será prestada ao nosso querido poeta pela Real Academia de Letras de Porto Alegre, em solenidade que será realizada no próximo dia 27 de setembro, aqui em Maceió. Trata-se do Prêmio Literário Jucá Santos, pela segunda vez instituído pela academia gaúcha, a qual tem como seu presidente o escritor Mário Scherer, incondicional amigo do vate alagoano e admirador declarado das belezas do nosso estado e de sua hospitaleira gente.

Na mesma solenidade serão entregues troféus e comendas a diversos escritores alagoanos, autores de textos literários que constam de especial antologia, recentemente editada. O poeta Jucá Santos, por sua vez, será distinguido com medalha com sua efígie, banhada de ouro.

Às vésperas de completar 80 anos de idade, Jucá Santos é autor de 11 (onze) livros publicados, tendo, também, participado de mais de 30 (trinta) antologias, em Alagoas, no Brasil e em Portugal. A ele se referiu a médica e poetisa Rosiane Rodrigues, dizendo: “Conhecer sua obra é saber do compositor, poeta, jornalista e advogado, do ser humano fantástico, herdeiro do talento do seu avô, o poeta Cipriano Jucá, imortal da Academia Alagoana de Letras.”

Em seu livro de poesia Jardim Fechado (Edições Catavento, 2003, p.52), escreveu Jucá Santos: “Um velho amigo disse-me, outro dia/Que os mestres do soneto estão morrendo/E nós estamos, com pesar, perdendo/O magistral formato da poesia.”

Eleito O Príncipe dos Poetas de Maceió, a ele assim se referiu o médico e escritor Mário Jorge Jucá, ao final de discurso recentemente pronunciado: “Você, Jucá, é mais que você!”

O homenageado considera-se “uma figura de incansável obreiro no campo das letras pátrias, pelo trabalho que realiza, há 60 anos, na imprensa e no rádio alagoanos, nos grêmios literários e em diversas entidades culturais do Brasil”.

“Não há caminho novo. O que há de novo é o jeito de caminhar.” Esta frase é de domínio público e foi recolhida pelo jornalista paulista João Mesquita Martins.

É, portanto, esse jeito de caminhar do irrequieto e abnegado Jucá Santos, presidente da Academia Maceioense de Letras, que faz dela, seguramente, o maior banco de talentos da atualidade literária alagoana, produzindo textos, e se faz merecedor, com justiça, da homenagem de que se trata e do prêmio literário que leva seu nome. Parabéns.


Maceió, setembro de 2012.



REVISITA SENTIMENTAL ÀS ALAGOAS

Sérgio Martins Pandolfo*

No final da semana recém-finda tivemos a prazerosa oportunidade de revisitar a bela e acolhedora Maceió, capital do Estado de Alagoas, com suas praias paradisíacas que encerram a maior concentração de coqueiros deste País, quiçá do mundo, milhões deles, a perder de vista, distribuídos ao longo de 47 km de praias, cada qual a mais sedutora, com características e atavios próprios (v.g. piscinas naturais) e um esverdeado peculiar de suas águas que as distingue de todas as outras que conhecemos mundo afora. Em nossa curta temporada na “Terra dos Marechais” tivemos também a chance de apreciar “in loco”, na foz do São Francisco, o “velho Chico”, o “rio da integração nacional”, inteiramente brasileiro, ao deságue nem sempre harmonioso de seu volumoso caudal insosso no continuamente turbulento e salgado oceano Atlântico, verdadeira “cana-de-braço” entre o rio e o mar, um espetáculo portentoso oferecido de graça pela mãe Natureza.

Contudo, nossa curta estada na capital alagoana não teve objetivos eminentemente turísticos, e sim cumprir um desiderato de cunho literário, a um só tempo honroso, prestigioso e - por que não dizer? – saboroso: participar, como um dos primeiros agraciados - na cerimônia de oficialização, pela Real Academia de Letras -, com o “Prêmio Literário Jucá Santos” e receber a “Comenda Educação Seune”, que nos fora outorgado pela Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste – SEUNE, reputada instituição de ensino superior privada, presente em vários estados do Nordeste.

O “Prêmio Literário Jucá Santos”, há pouco instituído pela Real Academia de Letras, de Porto Alegre, fora assim criado em reconhecimento ao grande intelectual e homem de letras alagoano Cláudio Antônio Jucá Santos, bacharel em Direito e advogado,auditor fiscal do trabalho, jurista, jornalista, escritor, compositor, fundador e presidente há mais de cinquenta anos da Academia Maceioense de Letras; “Príncipe dos Poetas de Maceió”; neto do inesquecível bardo alagoano Cipriano Jucá, que migrou para S. Paulo onde se fez aedo reconhecido e de quem certamente herdou a proficiência poética; “por excelência, o melhor vate vivo do berço de Pontes de Miranda na contemporaneidade”, a redizer Laurentino Veiga, presidente da Associação Alagoana de Imprensa; 11 livros autorais publicados, mas, acima de tudo, um sonetista de escol, tido como o melhor da terra de Jorge de Lima e, a julgamento nosso, um dos maiores também em âmbito nacional. 

Para a entrega solene do galardão de “Cavaleiro Grã-Cruz” aos pioneiramente laureados com o “Prêmio Literário Jucá Santos” (constante de insígnia, faixa e Diploma), procedida pessoalmente por seu Presidente, o poeta Mário Scherer, a Real Academia de Letras, em estreita colaboração com a Academia Maceioense de Letras, realizaram, no magnífico Auditório da CEUNE, em Maceió, soberba festa cultural e literária, prestigiada por autoridades constituídas do Estado, pessoas gradas, acadêmicos da AML e de outras congêneres, intelectuais de
diversas esferas culturais, escritores, poetas, trovadores, parentes e amigos do homenageado, convidados e amantes da cultura em geral, seguindo-se aos discursos de praxe números de canto, instrumental e récitas de poesias (sonetos, mormente) de Jucá Santos que, emocionado, agradeceu a magna sessão literária provida em sua homenagem.
Concomitante à entrega do prêmio já referido foi procedida a outorga solene da “Comenda Educação Seune” (constante de Medalha e Diploma), pessoalmente pelo Diretor-Geral da entidade, Dr. Sebastião José Palmeira, “ao Dr. Sérgio Martins Pandolfo, Médico, Escritor e Educador. Presidente da SOBRAMES. (...) com a finalidade de homenagear as pessoas que se destacaram nos mais diversos segmentos profissionais, culturais, científicos e sociais”. Outras três personalidades receberam a distinção, sendo ressaltado na ocasião pelo Prof. Palmeira que nos sete anos de criação da Comenda educacional chegava a somente 22 o número de agraciados, a demonstrar a seriedade e seletividade da escolha pela instituição.
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Nota: Na foto acima vê-se, da esquerda para a direita, Mário Scherer, presidente da Real Academia de Letras, Sérgio Pandolfo, agraciado com o Prêmio Literário Jucá Santos e a Comenda Educação Seune, o poeta Jucá Santos, titular onomástico do Prêmio recém-criado e seu neto, também poeta.

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*Médico e escritor - ABRAMES/SOBRAMES sergio.serpa@gmail.com - serpan@amazon.com.br www.sergiopandolfo.co


Academia Maceioense de Letras, fundada em 11 de agosto de 1955, em Maceió, Alagoas, é uma academia de letras brasileira.

Fundada por intelectuais alagoanos, entre eles os escritores Cláudio antônio Jucá Santos, Augusto Vaz da Silva Filho, Artur Verres Domingues, Manoel Cícero do Nascimento, Rui Ávila, Paulo Duarte Cavalcante, Rui Sampaio e o seu idealizador, o jornalista José Rodrigues de Gouveia.

Nasceu em consequência da decadência do Centro Cultural Emílio de Maya.

Seu atual presidente é um de seus fundadores, o poeta Cláudio Antonio Jucá Santos.

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