Estudo mostra Alagoas como o estado com maior índice de pobreza do Brasil

 

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, emitiu relatório sobre a dimensão, evolução, e projeção da pobreza por região e por estado no Brasil. O relatório aponta Alagoas com menor diminuição acumulada na taxa de pobreza absoluta.

Entre 1995 e 2008, 12,8 milhões de pessoas saíram da condição de pobreza absoluta no Brasil. Na região nordeste, a taxa de pobreza absoluta caiu 28,8% e a taxa de pobreza extrema caiu 40,4%. Em 2008, Alagoas registrou a maior taxa de pobreza absoluta (56,6%), seguido do Maranhão (55,9%) e Piauí (52,9%).

Esse resultado mostra que houve um aumento da pobreza em Alagoas, em relação a 1995, onde os estados com maior taxa de pobreza absoluta eram: Maranhão (77,8%), Piauí (75,7%) e Ceará (70,3%). Alagoas também liderou o ranking da pobreza extrema no ano de 2008, apresentando (32,3%), seguido do Maranhão (27,2%) e do Piauí (26,1%).Ainda para o ano de 2008, constata-se também que os estados com menor taxa de pobreza extrema foram: Santa Catarina (2,8%), São Paulo (4,6%) e Paraná (5,7%).

Apesar dos números demonstrarem que em Alagoas a pobreza está em constante crescimento, o demonstrativo do IPEA pode constatar que a nível nacional, a pobreza vem apresentando um comportamento positivo de queda nas taxas, observado durante o regime de estabilidade monetária. Com base nos dados apresentados, o Instituto prevê que o Brasil possa vir a superar a condição de pobreza extrema e reduzir a taxa de pobreza absoluta no ano de 2016.

Para que a projeção do IPEA se torne realidade os estados precisam se empenhar no desenvolvimento de novas políticas públicas afim de reduzir as taxas atuais de pobrezas extremas. O estado de Alagoas precisará, por exemplo, diminuir anualmente em 4 pontos percentuais a taxa de pobreza extrema para que tenha
superado a condição de miséria em 2016.

Em se tratando das grandes regiões geográficas do Brasil, pode-se constatar que em 2016, caso a taxa nacional de pobreza absoluta atinja 4% da população, o Sul poderá ser a localidade do país a ter superado pela primeira vez a condição de pobreza absoluta. Para o mesmo ano, contudo, a região Nordeste poderá registrar ainda quase 28% de sua população na condição de pobreza absoluta. 

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