Quando os partidos políticos deixaram de ouvir a voz das ruas?
Quando os partidos políticos deixaram de ouvir a voz das ruas? E quando o povo deixou de perceber que eles, os partidos, mostravam uma coisa no conteúdo programático e outra coisa nas ruas?
As manifestações ensinam ao Brasil que ser político não é, necessariamente, engajar-se em um partido.
O homem é um animal político – diria o pensador.
Mas, as redes sociais montaram um partido mais democrático – com uma realidade que as legendas ignoram: o andar de ônibus, metrô; a longa espera por uma consulta no SUS; escola que o teto está rachando ou caindo; a universidade sem infraestrutura.
O brasileiro comum – longe dos embates PT x PSDB – sente-se mais participante da realidade nacional. Sabe a distância entre uma Dilma Rousseff, um Aécio Neves e os mais comum dos humanos.
O Brasil tem 30 partidos políticos; os Estados Unidos, 76.
E a quantidade de partidos – ou os candidatos envolvidos nas disputas eleitorais – não anima o americano mais jovem. Nas eleições de 2010, só 24% dos votantes até 30 anos foram às urnas.
Em 2008, metade da juventude votou na disputa Obama x McCain.
Para chamar o americano ao voto? Shows.
No Brasil, quase 20% dos eleitores não votaram no ano passado. É a segunda maior abstenção da história da urna eletrônica.
Mas, o brasileiro mais comum assiste ao horário eleitoral gratuito. Tanto que a aparição dos candidatos na TV custou, ano passado, mais de R$ 1 bilhão às legendas.
O brasileiro se interessa por política tanto quanto Dilma e Aécio.
E parece desprezar- como faz nas manifestações- os partidos, que são verdadeiras fontes de dinheiro. Até o final do ano, as siglas vão receber, de fundo partidário, quase R$ 300 milhões (exatos R$ 294.168.124,00).
É exatamente o valor desviado por metade dos deputados estaduais de Alagoas na Operação Taturana, "estourada" em dezembro de 2007 pela Polícia Federal.
Alguns destes deputados reeleitos. E um deles "transformado" em conselheiro do Tribunal de Contas do Estado- ou fiscal dos gastos dos prefeitos.
Sim, o Brasil tem 73.149 políticos, eleitos de dois em dois anos. Reclamamos de alguns deles. Ou de todos eles.
Só que as redes sociais- ao que parecem- mostram que um vendaval pode estar escondido, dentro de uma casca de noz. Ou neste fermento eleitoral, sempre efervescente.
As manifestações ensinam ao Brasil que ser político não é, necessariamente, engajar-se em um partido.
O homem é um animal político – diria o pensador.
Mas, as redes sociais montaram um partido mais democrático – com uma realidade que as legendas ignoram: o andar de ônibus, metrô; a longa espera por uma consulta no SUS; escola que o teto está rachando ou caindo; a universidade sem infraestrutura.
O brasileiro comum – longe dos embates PT x PSDB – sente-se mais participante da realidade nacional. Sabe a distância entre uma Dilma Rousseff, um Aécio Neves e os mais comum dos humanos.
O Brasil tem 30 partidos políticos; os Estados Unidos, 76.
E a quantidade de partidos – ou os candidatos envolvidos nas disputas eleitorais – não anima o americano mais jovem. Nas eleições de 2010, só 24% dos votantes até 30 anos foram às urnas.
Em 2008, metade da juventude votou na disputa Obama x McCain.
Para chamar o americano ao voto? Shows.
No Brasil, quase 20% dos eleitores não votaram no ano passado. É a segunda maior abstenção da história da urna eletrônica.
Mas, o brasileiro mais comum assiste ao horário eleitoral gratuito. Tanto que a aparição dos candidatos na TV custou, ano passado, mais de R$ 1 bilhão às legendas.
O brasileiro se interessa por política tanto quanto Dilma e Aécio.
E parece desprezar- como faz nas manifestações- os partidos, que são verdadeiras fontes de dinheiro. Até o final do ano, as siglas vão receber, de fundo partidário, quase R$ 300 milhões (exatos R$ 294.168.124,00).
É exatamente o valor desviado por metade dos deputados estaduais de Alagoas na Operação Taturana, "estourada" em dezembro de 2007 pela Polícia Federal.
Alguns destes deputados reeleitos. E um deles "transformado" em conselheiro do Tribunal de Contas do Estado- ou fiscal dos gastos dos prefeitos.
Sim, o Brasil tem 73.149 políticos, eleitos de dois em dois anos. Reclamamos de alguns deles. Ou de todos eles.
Só que as redes sociais- ao que parecem- mostram que um vendaval pode estar escondido, dentro de uma casca de noz. Ou neste fermento eleitoral, sempre efervescente.
http://reporteralagoas.com.br/novo/?tag=odilon-rios Fonte: http://cadaminuto.com.br/noticia/218624/2013/06/28/quando-os-partidos-politicos-deixaram-de-ouvir-a-voz-das-ruas
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