Título do Livro: HISTÓRIA DE ALAGOAS (Notas para o Vestibular)
Autor: LUIZ GOMES DA SILVA
Luiz Gomes da Silva faz neste livro uma reflexão sobre o processo histórico de Alagoas do passado aos últimos acontecimentos, preservando e atualizando a nossa história. Partindo dos primeiros habitantes desta terra Alagoana, os índios, que ali viviam no estágio Paleolítico ? ?Paleolítico (pedra antiga), também conhecido como Idade da Pedra Lascada ou período da selvageria, é um período pré-histórico correspondente ao intervalo entre a primeira utilização de utensílios de pedra pelo homem (cerca de 2 milhões de anos atrás) até ao início do Neolítico (cerca de 10 mil a.C.). No Paleolítico, os homens eram essencialmente caçadores e coletores, apresentando uma economia de subsistência, tendo que se deslocar constantemente (nômades)?, embora desenvolvessem algumas técnicas do estágio Neolítico ? ?como queimadas, tecelagem, agricultura, etc?. Apresentando as tribos indígenas extintas e remanescentes daquela região. Segundo o autor: ?As tribos extintas são: caetés, potiguares, abacatiaras, vouvês, pipianos, moriquitos, romaris e umas. As tribos remanescentes são: kariri-xucuru, wakonas-kariris, xocós, wassu e tingui-botó?.Apresenta o processo de surgimento dos primeiros núcleos de povoamentos ? VILAS - como o de Penedo (1560) ? ?O nome Penedo originou-se de «uma grande pedra». O povoado, fundado por Duarte Coelho Pereira, das principais cidades históricas do Brasil, foi elevado à vila de São Francisco em 1636 e em fins do século XVII passou a ser denominada Penedo do Rio São Francisco. É cidade desde 1842. Sua arquitetura atrai turistas de numerosas origens. A Igreja de Santa Maria dos Anjos é uma das obras primas mais visitadas. Entretanto, os historiadores alagoanos discordam quanto a sua origem. Uns dizem que a criação do povoado está relacionada a Duarte Coelho Pereira, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco. Os que discordam, afirmam que o responsável foi Duarte Coelho de Albuquerque, segundo donatário da Capitania, que herdou do pai. Entre os que defendem essa hipótese está Craveiro Costa, para quem a conquista de Alagoas começou em 1560. Duarte Coelho de Albuquerque organizou duas bandeiras, uma com destino ao norte de Olinda e outra para o sul. A bandeira que se dirigiu ao sul, à qual se incorporaram o próprio Duarte Coelho de Albuquerque e seu irmão, atingiu o rio São Francisco entre 1560 e 1565 e teria teria dado origem ao povoado. A primeira sesmaria registrada na região data de 1596; outras foram distribuídas e, a partir de 1613, na sesmaria recebida por Cristóvão da Rocha, acredita-se ter sido fundado oficialmente o povoado?, Porto Calvo (1590), Santa Luzia do Norte (1608), Santa Maria Madalena das Alagoas do Sul (1611) ? hoje Marechal Deodoro. Após o povoamento as invasões francesas no século XVI. A chegada da cana-de-açúcar em Alagoas com Cristovão Lins em Porto Calvo. Com isso a escravidão do índio e negro nesse estado. Dedica um espaço para refletir sobre a resistência no Quilombo dos Palmares.
Diante desta riqueza de história temos ainda a Invasão dos Holandeses (1631). Segundo o autor foi ?Durante a União Ibérica (1580-1640), Portugal e suas colônias passaram para o domínio espanhol. A Espanha, por ser inimiga da Holanda, proibiu que esta continuasse comercializando o açúcar brasileiro. Diante da impossibilidade de continuar com o lucrativo comércio do açúcar brasileiro, a Holanda resolveu invadir e se apropriar das áreas produtoras de açúcar?.
Na economia: apresenta o processo da chegada da pecuária no sertão de Alagoas em 1590 se expandindo de ?Penedo?, ?Marechal Deodoro? até ?São Miguel dos Campos?. A cultura Algodoeira por volta de 1824 com a criação do Serviço Estadual de Algodão no ano de 1925. O autor apresenta dados da primeira exportação de algodão de Alagoas em 1824 e descreve a mudança com essa nova cultura. ?A primeira exportação de algodão alagoano, para a Inglaterra, ocorreu por volta de 1824. Muitos senhores de engenho investem na produção de algodão. O agreste e o sertão, os vales do Rio Mundaú e Paraíba passam a ser áreas destinadas ao cultivo da lavoura algodoeira?. Ainda temos a Cultura Fumageira e o surgimento da Indústria Têxtil em Alagoas.
Temos ainda o episódio da Emancipação Política de Alagoas e toda sua Evolução Político-administrativa partindo da Comarca (1711 ? 1817); Capitania (1817 ? 1822); Província (1822 ? 1889) e Estado Federativo (1899 ? ...).
A História de Maceió, sua atual capital, partindo do primeiro engenho de cana-de-açúcar até hoje a capital do Estado. Sua economia e cultura geral. Apresentando uma Alagoas moderna, porém sombria, retratando a ditadura Militar no estado (1964 ? 1985) e a terrível Rebelião Popular de 17 de julho. O autor assim comenta: ?Entre o final de 1996 e começo de 1997, a situação social em Alagoas torna-se desagregadora: mulheres morrendo ou desmaiando nas portas das maternidades fechadas, polícias militares suicidando-se (o soldado Leandro, depois de matar seus filhos e sua esposa, cometeu suicídio), escolas fechadas, o crime organizado liderado pelo Coronel Cavalcante, impondo o medo e o terror. O governo Suruagy (PMDB), envolvido nos escândalos das letras, dos precatórios, mantém o lesivo acordo dos usineiros, atrasa de forma brutal o pagamento dos salários do funcionalismo público (10 meses), o que provoca os suicídios e desespero?.
Apresenta uma lista de governantes de Alagoas do período até a república e mais um conjunto de 20 testes de várias universidades com gabaritos sobre o conteúdo do Livro.
ROCHA, Luiz Gomes da. História de Alagoas (Notas para o Vestibular). 2ª Edição. Maceió - Alagoas: Edições Novo Mundo. 1999.
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