DEUS
Sebastião
José Palmeira*
Deus é a
síntese do bem e a antítese do mal.
Negar a
existência de Deus seria negar a própria existência, a própria razão de ser,
afinal não pode existir criatura sem criador.
O ateu é
antes de tudo um pretensioso, um vaidoso, que gostaria que Deus lhe mostrasse a
face e lhe dissesse: Eu estou aqui! Veja-me, toque-me! E mesmo assim o
agnóstico ainda diria que tivera uma visão, uma alucinação e continuaria na sua
obstinada dúvida e recalcitrância. Disse Santo Agostinho que aqueles que negam
a existência de Deus, o fazem por conveniência.
Deus não
se explica, sente-se a sua presença como a brisa que nos acaricia e no entanto
não a vemos.
Pode-se
ver Deus na criança que nasce, na mãe que amamenta e acaricia o filho, na flor
que desabrocha, nos pássaros que cantam, nas manhãs ensolaradas, nas noites
enluaradas, nas cachoeiras sonoras, no mar, no ar, nas estrelas, em tudo de bom
e de belo, e até mesmo no sofrimento e na provação.
Você que
está passando por momentos de dor e de angústia, você que se esqueceu de Deus,
lembre-se de que Ele existe. Deixe a vaidade de lado e procure encontrá-lo e
não demorará para que Ele venha ao seu encontro. Você não o verá, mas sentirá a
sua presença confortadora e afável.
Disse Jesus:
Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviareis.
Todavia,
é deveras lamentável que pessoas usem o nome de Deus para a exploração da fé e
dos incautos, extorquindo-lhes as economias, os últimos centavos, em nome de
igrejas que fazem verdadeiras lavagens cerebrais, formando imensuráveis
tesouros, enchendo malas de dinheiro, em um país de famintos e de miseráveis.
A fé não
é mercadoria para ser vendida. Entre a criatura e o criador não existe necessidade de atravessador, de vendedores de
ilusões, de falsos profetas, nem de estelionatários da fé. O pior ladrão é
aquele que rouba usando o nome de Deus, que ultraja, que seduz e que corrompe.
Negar a
existência de Deus, seria o mesmo que admitir-se ter sido Jesus um farsante,
pois diante de Pilatos, quando perguntado onde estava o Deus Pai, Jesus Cristo
afirmou: “Quem vê o filho vê o Pai! Eu e o Pai somos uma só pessoa!”
Johann
Wofgang Von Goethe afirmou: “Curvo-me diante de Jesus Cristo como diante da
revelação divina do princípio supremo da moralidade”.
Jean-Jacques Rousseau, expoente maior do iluminismo francês, assim se
expressou: “Se a vida e a morte de Sócrates são as de um sábio, a vida e a
morte de Jesus Cristo são a de um Deus”.
Em síntese, Deus
é o sublimar da existência humana.
*É advogado
criminalista, Procurador de Estado e Diretor-Geral da SEUNE (Sociedade de
Ensino Universitário do Nordeste).
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