ALAGOAS - A ORIGEM DO NOME
Por Jair Barbosa Pimentel
De acordo com
anotação de Moacir Medeiros de Sant’Ana, no livro do historiador Jayme de
Altavila, “História da Civilização das Alagoas”, a origem do nome Alagoas se
deu por conta do nome da vila das Alagoas, que depois foi elevada à capital da
Província: “ Na época da invasão holandesa a povoação das Alagoas era conhecida
como Alagoa do Sul, sem dúvida para diferenciar de Alagoa do Norte, como então
denominavam Santa Luzia do Norte”.
Já no livro “O Centenário da Emancipação
de Alagoas”, edição de 1918, o historiador Francisco Moreno Brandão afirma que
“as lagoas que deram nome ao formoso cantão onde começa para quem vem do norte
e a parte leste do Brasil, são numerosas e integradoras de seu sistema
hidrográfico. Algumas delas têm muita importância, como seja a Mundaú ou Lagoa
do Norte, a qual o ponto denominado Giboia se comunica com a poética e formosa
Manguaba, que banha várias localidades do Estado”.
No mesmo sentido, concluindo que a
origem do nome do Estado vem, principalmente, de suas lagoas, o historiador
Álvaro Queiroz em seu livro “Episódios da História das Alagoas”, edição de
1999, declara que “as várias lagoas existentes em nossa terra levaram os
primeiros colonizadores a batizá-la com o nome de Alagoas. Assim, este aspecto
da hidrografia alagoana define, até hoje o nome do Estado”.
As famosas lagoas que inspiraram o nome
do nosso Estado distribuem-se em três tipos de paisagens:
1. Lagoas
do Litoral – Mundaú, Manguaba e Jequiá
2. Lagoas
da Margem do São Francisco – Tororó, Santiago, Jacobina, entre outras.
3. Lagoas
das terras interiores – Porcos, canto, Nova Lunga, entre outras.
TÍTULO DO LIVRO: HISTÓRIA DE ALAGOAS
(NOTAS PARA O VESTIBULAR)
Autor: LUIZ GOMES DA SILVA
Luiz Gomes da
Silva faz neste livro uma reflexão sobre o processo histórico de Alagoas do
passado aos últimos acontecimentos, preservando e atualizando a nossa história.
Partindo dos primeiros habitantes desta terra Alagoana, os índios, que ali
viviam no estágio Paleolítico ? ?Paleolítico (pedra antiga), também conhecido
como Idade da Pedra Lascada ou período da selvageria, é um período
pré-histórico correspondente ao intervalo entre a primeira utilização de
utensílios de pedra pelo homem (cerca de 2 milhões de anos atrás) até ao início
do Neolítico (cerca de 10 mil a.C.). No Paleolítico, os homens eram
essencialmente caçadores e coletores, apresentando uma economia de
subsistência, tendo que se deslocar constantemente (nômades)?, embora
desenvolvessem algumas técnicas do estágio Neolítico ? ?como queimadas,
tecelagem, agricultura, etc?. Apresentando as tribos indígenas extintas e
remanescentes daquela região. Segundo o autor: ?As tribos extintas são: caetés,
potiguares, abacatiaras, vouvês, pipianos, moriquitos, romaris e umas. As
tribos remanescentes são: kariri-xucuru, wakonas-kariris, xocós, wassu e
tingui-botó?.
Apresenta o processo de surgimento dos
primeiros núcleos de povoamentos ? VILAS - como o de Penedo (1560) ? ?O nome
Penedo originou-se de «uma grande pedra». O povoado, fundado por Duarte Coelho
Pereira, das principais cidades históricas do Brasil, foi elevado à vila de São
Francisco em 1636 e em fins do século XVII passou a ser denominada Penedo do
Rio São Francisco. É cidade desde 1842. Sua arquitetura atrai turistas de
numerosas origens. A Igreja de Santa Maria dos Anjos é uma das obras primas
mais visitadas. Entretanto, os historiadores alagoanos discordam quanto a sua
origem. Uns dizem que a criação do povoado está relacionada a Duarte Coelho
Pereira, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco. Os que discordam,
afirmam que o responsável foi Duarte Coelho de Albuquerque, segundo donatário
da Capitania, que herdou do pai. Entre os que defendem essa hipótese está
Craveiro Costa, para quem a conquista de Alagoas começou em 1560. Duarte Coelho
de Albuquerque organizou duas bandeiras, uma com destino ao norte de Olinda e
outra para o sul. A bandeira que se dirigiu ao sul, à qual se incorporaram o
próprio Duarte Coelho de Albuquerque e seu irmão, atingiu o rio São Francisco
entre 1560 e 1565 e teria teria dado origem ao povoado. A primeira sesmaria
registrada na região data de 1596; outras foram distribuídas e, a partir de
1613, na sesmaria recebida por Cristóvão da Rocha, acredita-se ter sido fundado
oficialmente o povoado?, Porto Calvo (1590), Santa Luzia do Norte (1608), Santa
Maria Madalena das Alagoas do Sul (1611) ? hoje Marechal Deodoro. Após o
povoamento as invasões francesas no século XVI. A chegada da cana-de-açúcar em
Alagoas com Cristovão Lins em Porto Calvo. Com isso a escravidão do índio e
negro nesse estado. Dedica um espaço para refletir sobre a resistência no
Quilombo dos Palmares.
Diante desta riqueza de história temos
ainda a Invasão dos Holandeses (1631). Segundo o autor foi ?Durante a União Ibérica
(1580-1640), Portugal e suas colônias passaram para o domínio espanhol. A
Espanha, por ser inimiga da Holanda, proibiu que esta continuasse
comercializando o açúcar brasileiro. Diante da impossibilidade de continuar com
o lucrativo comércio do açúcar brasileiro, a Holanda resolveu invadir e se
apropriar das áreas produtoras de açúcar?.
Na economia: apresenta o processo da
chegada da pecuária no sertão de Alagoas em 1590 se expandindo de ?Penedo?,
?Marechal Deodoro? até ?São Miguel dos Campos?. A cultura Algodoeira por volta
de 1824 com a criação do Serviço Estadual de Algodão no ano de 1925. O autor
apresenta dados da primeira exportação de algodão de Alagoas em 1824 e descreve
a mudança com essa nova cultura. ?A primeira exportação de algodão alagoano,
para a Inglaterra, ocorreu por volta de 1824. Muitos senhores de engenho
investem na produção de algodão. O agreste e o sertão, os vales do Rio Mundaú e
Paraíba passam a ser áreas destinadas ao cultivo da lavoura algodoeira?. Ainda
temos a Cultura Fumageira e o surgimento da Indústria Têxtil em Alagoas.
Temos ainda o episódio da Emancipação
Política de Alagoas e toda sua Evolução Político-administrativa partindo da
Comarca (1711 ? 1817); Capitania (1817 ? 1822); Província (1822 ? 1889) e
Estado Federativo (1899 ? ...).
A História de Maceió, sua atual capital,
partindo do primeiro engenho de cana-de-açúcar até hoje a capital do Estado.
Sua economia e cultura geral. Apresentando uma Alagoas moderna, porém sombria,
retratando a ditadura Militar no estado (1964 ? 1985) e a terrível Rebelião
Popular de 17 de julho. O autor assim comenta: ?Entre o final de 1996 e começo
de 1997, a situação social em Alagoas torna-se desagregadora: mulheres morrendo
ou desmaiando nas portas das maternidades fechadas, polícias militares
suicidando-se (o soldado Leandro, depois de matar seus filhos e sua esposa,
cometeu suicídio), escolas fechadas, o crime organizado liderado pelo Coronel
Cavalcante, impondo o medo e o terror. O governo Suruagy (PMDB), envolvido nos
escândalos das letras, dos precatórios, mantém o lesivo acordo dos usineiros,
atrasa de forma brutal o pagamento dos salários do funcionalismo público (10
meses), o que provoca os suicídios e desespero?.
Apresenta uma lista de governantes de
Alagoas do período até a república e mais um conjunto de 20 testes de várias
universidades com gabaritos sobre o conteúdo do Livro.
ROCHA, Luiz Gomes da. História de
Alagoas (Notas para o Vestibular). 2ª Edição. Maceió - Alagoas: Edições Novo
Mundo. 1999.
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