segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ACADEMIA PORTOCALVENSE DE HISTÓRIA, LETRAS E ARTES (APHLA)



APHLA


LOGO DA APHLA

ACADEMIA PORTOCALVENSE DE HISTÓRIA, LETRAS E ARTES (APHLA)


 Caros amigos,

Todos nós seres humanos na face da Terra temos sonhos. Sonhos que muitas vezes alguns preferem guardar em segredo, outros eternizar. Resolvi compartilhar com todos vocês um desses meus sonhos.  A Criação de uma Academia de História, Letras e Artes em Terras Portocalvense.
Há décadas atrás, muitos dos maiores intelectuais de renome em Porto Calvo, sonharam em criar uma Academia, mas, entretanto, todavia, pelas informações que tive, ninguém conseguiu.Venho trabalhando nisso há varios meses, e o resultado vocês vão conferir nos anexos.
Uma Academia de História, Letras, e Artes é uma instituição de cunho histórico, literário e linguístico, que reúne uma quantidade limitada de membros efetivos, e membros honorários, numa tradição iniciada no Século XVII com a Academia francesa. Academia de Portocalvense de História, Letras, e Artes (APHLA) nasce com a missão de desenvolver a cultura literária em Porto Calvo e regiões circunvizinhas, procurando, para a realização dos seus objetivos, adquirir livros, documentos e manuscritos de homens de letras, sobretudo de Alagoas; Futuramente criar e manter uma biblioteca, com sala de leitura, arquivos e museus de objetos pertencentes ao passado histórico da cidade; entreter relações com sociedades congêneres do país e do estrangeiro; publicar a sua Revista e trabalhos valiosos que versem assuntos literários ou se incluam entre as matérias permitidas pelos concursos; promover conferências, reuniões, cursos sobre temas culturais, preferencialmente literários; instituir prêmios e honrarias e colaborar intelectualmente com os poderes públicos no aprimoramento das letras em Alagoas, inclusive propondo medidas que visem a este objetivo.
Gostaria que adotássemos como patrono maior da Academia o poeta, jornalista, jurista e professor Guedes de Miranda.
Poetas alagoanos quase esquecidoshospedagem de sites gratis html
Guedes de Miranda . Antes que desça a noite . Guedes de Miranda . Antes que desça a noite, O sol se pondo, Contemplo em paz o fim da minha tarde. Recordo o que fui – vencendo o tempo Percebo o que sou – pelo tempo vencido. Lutei, sofri, amei – vivi E, com certeza, morrerei. A ninguém, neste mundo, posso dizer Fiz mal. Quando a noite ontológica, implacável, descer, Que restará de mim? – Estes pobres poemas largados à toa: Minh’alma dançando a valsa das sombras E palavras, palavras... E o fim, nada mais. . . . Ciúme . Guedes de Miranda . A tua sombra procurou-me aflita e me disse em pranto: – Tenho ciúme de ti, amigo, porque o meu corpo está fugindo de mim para ficar contigo.hospedagem de sites gratis html
http://farm3.static.flickr.com/2361/5737205268_96bf553f76.jpg

Guedes de Miranda . Antes que desça a noite . Guedes de Miranda . Antes que desça a noite, O sol se pondo, Contemplo em paz o fim da minha tarde. Recordo o que fui – vencendo o tempo Percebo o que sou – pelo tempo vencido. Lutei, sofri, amei – vivi E, com certeza, morrerei. A ninguém, neste mundo, posso dizer Fiz mal. Quando a noite ontológica, implacável, descer, Que restará de mim? – Estes pobres poemas largados à toa: Minh’alma dançando a valsa das sombras E palavras, palavras... E o fim, nada mais. . . . Ciúme . Guedes de Miranda . A tua sombra procurou-me aflita e me disse em pranto: – Tenho ciúme de ti, amigo, porque o meu corpo está fugindo de mim para ficar contigo.hospedagem de sites gratis html
ME ENTERREM EM PORTO CALVO
            Conforme todos sabem GUEDES DE MIRANDA, foi bacharel em direito pela Faculdade de Recife, deputado estadual em várias legislaturas, interventor e vice-governador, fundador da Faculdade de Direito de Alagoas e seu terceiro diretor. Verdadeiro gigante da oratória, nasceu em Porto Calvo e, como registrou em seu poema “Encontro com o Tempo” nasci ao meio dia quando o sino da matriz badalava doze vezes sobre a cidade”. Falecendo  no dia 1º de agosto de 1961, por volta das 8 horas, foi sepultado no humilde cemitério do Alto da Forca, em sua Terra Natal. Ali fez-se seu último desejo manifestado no poema MINHA ÚLTIMA VONTADE:
                         
“Quando eu morrer, amigos e parentes,
                         Me enterrem em Porto Calvo
                         Foi lá que eu nasci, vivi minha infância
                         E adolesci feliz e livre como um pássaro solto:
                        Atirando pedras nos moleques do cafundó
                        Balançando turíbulo nas procissões
                        Bebendo vinho de missa na sacristia,
                        Vaiando a Velha Cai Cai,
                        Furtando laranjas no quintal do Padre Ivo,
                        Pedindo esmola para o azeite do santíssimo,
                        Atravessando a nado o Manguaba,
                        Espiando as mulheres tomarem banho no rio,
                        E praticando outras artes que não devo narrar.
                        Sobre a cova profunda encravem uma cruz
                        Talhada em sucupira.
                        De braços abertos, ao chilrear dos papa-capins,
                        Aos mestos arrulhos do fogo apagou.
                        De noite o Manguaba sob o céu estrelado
                        Embale o meu sonho, cantando as toadas.
                        Que quando menino com ele eu cantava.
                        E a terra materna devore o meu corpo.
                        Na fome canina absurda do nada.
                        Minha última vontade aqui eu proclamo
                        Quando eu morrer, amigos e parentes,
                        Me enterrem no velho Porto Calvo.
                        Foi lá que eu nasci, vivi minha infância,
                        E adolesci feliz e livre como um pássaro solto”.
 
(Vale lembrar, que esses versos foram escritos nove meses e oito dias antes do falecimento do autor).

Poetas alagoanos quase esquecidoshospedagem de sites gratis html
APHLA 
 Jefferson Palmeira
Fundador e Presidente da APHLA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

“Viver é uma arte. E seu roteiro deve ser escrito pela sabedoria e pelo bom senso”. Dr. José Reginaldo de Melo Paes (medico, poeta, acadêmico alagoano)

  Dr. José Reginaldo de Melo Paes (medico, poeta, acadêmico alagoano) “Viver é uma arte. E seu roteiro deve ser escrito pela sabedoria e p...