A EXPANSÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR NO ESPAÇO ALAGOANO E SUAS CONSEQÜÊNCIAS SOBRE O MEIO AMBIENTE E A IDENTIDADE CULTURAL / THE SUGAR CANE EXPANSION ON ALAGOAS SPACE AND THEIR CONSEQUENCES ON THE ENVIRONMENT AND CULTURAL IDENTITY
Resumo
A expansão da cana-de-açúcar no estado de Alagoas se deu mediante
a uma adaptação aos condicionantes naturais. O seu cultivo só deixou as
terras da planície costeira em direção aos tabuleiros devido a dois
estímulos externos: a demanda internacional e o alto preço alcançado
pelo açúcar. Esta condição despertou no governo brasileiro a necessidade
de aumentar as áreas de cultivo. Os incentivos públicos concedidos
através dos programas – IAA, PLANALSUCAR e PROÁLCOOL -, criaram as
condições técnicas para o avanço do plantio em áreas de fertilidade
baixa e declividade acentuada, até então impróprias ao cultivo. As
sucessivas crises do setor pela diminuição da demanda do açúcar e o
aumento da concorrência internacional obrigaram o setor sucro-alcooleiro
a passar por uma reestruturação. Os ciclos de expansão da monocultura,
sobretudo, devido aos incentivos federais, foram responsáveis pelo
desmatamento de grande parte da cobertura original do território
alagoano. Além deste impacto principal, seguiram-se outros ligados ao
processamento da cana para a fabricação de açúcar e álcool anidro. Por
fim, se constatou que a expansão do setor sucro-alcooleiro e, a
conseqüente diminuição dos recursos naturais, também repercutiam na
identidade cultural.
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