sábado, 22 de julho de 2023

FUTEBOL, PAIXÃO NACIONAL? Gabriel Moraes Palmeira Chaves (GMPC), Miguel de Oliveira Chaves ( Miguesley) e Pedro Edson dos Santos Alves.

 

FUTEBOL, PAIXÃO NACIONAL!?

Por: Gabriel Moraes Palmeira Chaves (GMPC), Miguel de Oliveira Chaves ( Miguesley) Pedro Edson dos Santos Alves.


O presente texto, nasceu da brincadeira entre primos - Eu, Gabriel Moraes Palmeira Chaves (11 anos) , Miguel de Oliveira Chaves (12 anos) e o Pedro Edson dos Santos Alves (14 anos) em Maceió, junho de 2023 - quando sem perceber perguntávamos: Como o futebol nasceu, cresceu e se tornou o esporte paixão nacional? Chegamos a escalar um time perfeito, da seleção brasileira, de todas as épocas.

Pedro lembrou que passou a gostar de jogar futebol aos seis anos de idade, na praça, perto de sua casa, com seu Pai. Considera que é uma higiene mental, exercício físico, aprendizado e meio de fazer amigos e amigas.

Em nossas conversas, Pedro e Miguel,  lembraram de todas as dificuldades de se profissionalizar-se no futebol. Disseram que é um ambiente muito competitivo, onde nem sempre se obtém apoio em casa. Falaram que existem muitas brigas dentro e fora do campo. Existem “escolinhas caça niqueis” de faz de conta onde existem pouco espirito de equipe. Muita concorrência acirrada, devido ao esporte ser extremamente popular em todo o mundo, e há milhões de jovens talentos buscando uma carreira profissional. A concorrência é intensa, o que torna difícil se destacar entre tantos jogadores talentosos. Muita exigência física e mental

para se tornar um jogador de alto nível. Os treinamentos intensos, as longas horas de prática e as exigências das competições podem ser extremamente desgastantes. As lesões são uma realidade e podem ser um grande obstáculo. Uma lesão grave pode significar meses ou até mesmo anos, o que pode afetar negativamente o desenvolvimento da carreira. As questões financeiras, o futebol de alto nível muitas vezes exige investimentos significativos em equipamentos, treinamentos especializados, viagens para torneios e outros custos relacionados à carreira. Nem todas as famílias têm recursos para apoiar essas necessidades. Muita pressão psicológica e rejeição. Durante o processo de seleção para times de base ou ao tentar entrar em clubes profissionais, é comum enfrentar rejeição. Lidas com o "não" pode ser emocionalmente desafiador, especialmente quando se investiu tanto tempo e esforço no sonho.

O Tio Carlos (Cau) diz que o ideal seria poder  ter balanceamento de estudos e o futebol. Para muitos jovens jogadores, conciliar o futebol com a educação é um desafio. Enquanto buscam o aprimoramento esportivo, ainda é importante manter o rendimento escolar, pois a carreira futebolística pode não se concretizar e a educação é fundamental. Como um bom advogado Tio Cau, lembra das questões contratuais. Quando se chega a um nível mais avançado, lidar com questões contratuais, agentes esportivos e patrocinadores pode ser complexo, principalmente para jovens jogadores e suas famílias que talvez não tenham experiência nesse campo. Podendo serem roubados. Conversou ainda sobre a adaptação a diferentes culturas e países. Jogadores que buscam carreiras internacionais podem enfrentar desafios de adaptação a diferentes culturas, idiomas e estilos de jogo.  Diz ainda que apesar dessas dificuldades, é importante lembrar que muitos jogadores profissionais bem-sucedidos superaram esses obstáculos com determinação, paixão e apoio adequado. Um suporte sólido da família, treinadores competentes e uma mentalidade resiliente são fatores que podem ajudar a tornar o sonho de se profissionalizar no futebol em realidade.

Não lembro ao certo quando passei a gostar de jogar. Lembro apenas, do Tio/avo Mundinho, flamenguista, do Tio Cau (Carlos Henrique Palmeira Chaves), alguns primos mais próximos de Aracaju, ou por influencia primos/irmãos como Miguel. Nem cito aqui, quantas quedas, pisões e machucados recebi e tenho dado. 

Meu Pai que é Historiador (Jefferson Murilo Palmeira  Chaves) não gosta de futebol. Fala o mundo do esporte é perverso. Que prefere Neymar, calado e jogando do que agente político, que defende apenas seus interesses e patrimônios. Que ele é um jogador que não tem consciência social. Que vem da pobreza, como milhares de meninos que tiveram seus direitos constitucionais roubados. Fala em uma “ilusão da bola” que leva muitos a não valorizam os estudos. Acreditam na “taba de salvação” do enriquecimento rápido - de serem bilionários do dia para noite – com o Futebol. Assim, dizem erradamente que “estudo não se vai a lugar nenhum. Mas a bola sim”. Seja de outdoor ambulante, repleto de marcas que rendem, muito dinheiros, roupas caras, carros, aviões, helicópteros,  meninas bonitas e mansões em cada lugar do mundo, começa ostentar. Uma vida fácil e de recompensas ilimitadas.  Nem todos são “Neymar, Gabriel Jesus” entre outros esses não retratam a situação real do trabalhador da bola no Brasil. A realidade é de desemprego, dupla jornada de trabalho, baixos salários. O atleta tem a média salarial do trabalhador brasileiro, com um agravante: carreira mais curta. Nem sequer consegue se aposentar. Com 30, 35 anos, olha para trás e não tem mais carreira e ainda tem um longo tempo de contribuição pela frente para a aposentadoria.

Se para uns o futebol é visto como lazer, religião, paixão e até mesmo entretenimento, para alguns outros o esporte é apenas uma ferramenta política, mina de ouro, forma de enriquecimento ilícito e fachada para cometer crimes. Não são poucos os casos de corrupção e crimes que acontecem dentro de instituições ligadas ao futebol, que vão desde as menores, como é o caso de federações estaduais, até as maiores cúpulas futebolísticas, por exemplo, CONMEBOL, UEFA e FIFA.

O meu Pai chegou a citar também uma expressão da “Pátria de chuteiras” de um tal Nelson Rodrigues. Nascida na Copa do mundo de 1970 – onde um tal, de regime militar, aniquilou uma geração inteira (1964-1985). Mas,   surfou, na onda da copa do mundo, na força desta expressão a seleção canarinho. Fez uma campanha, de lavagem cerebral, que buscava unir o Brasil em torno da seleção de futebol. Acha que o espetáculo da bola, é um produto importante da sociedade de consumo de massa. Nem precisa dizer, comentar ou mencionar que nasceu Inglaterra no século 19. Nem  muito menos que faz parte do pacote  “civilizador” ocidental inglês. 

Papai fala que Eu, Miguel e Pedro somos muito novos e inocentes e que vivemos no “NeymarVerso”.  



Só sei de uma coisa. Uau, jogar futebol é simplesmente incrível! É o meu esporte favorito e me enche de alegria toda vez que jogo. A alegria que sinto ao correr, chutar e driblar a bola é ótima. Nem sei descrever, sinto uma sensação mágica de liberdade. Não há nada mais emocionante do que fazer um gol, ver a bola balançar a rede e todos os meus amigos comemorando comigo. A felicidade que isso traz é única! Quando jogamos, eu Miguel, Pedro, Tio Cau e os  meus amigos, torna tudo ainda mais especial. Nós nos apoiamos, trabalhamos juntos em equipe e celebramos nossas vitórias juntos. E mesmo quando perdemos, continuamos unidos e aprendemos com os nossos erros para melhorar.

O futebol me ensinou valiosas lições, como persistência, disciplina e respeito. A cada treino e partida, aprendo algo novo, seja sobre o esporte, sobre mim mesmo ou sobre como ser um bom companheiro de equipe.

Outra coisa maravilhosa é a sensação de superação. Às vezes, um desafio pode parecer difícil, mas quando eu me esforço e consigo superá-lo, é como se eu pudesse conquistar o mundo. Isso me enche de orgulho e motivação para continuar melhorando.

Quando jogo futebol, esqueço completamente dos problemas e preocupações do dia a dia. Sinto-me leve, feliz e cheio de energia. É uma paixão que aquece meu coração e me faz querer sempre estar envolvido nesse esporte tão maravilhoso.

No final de uma partida, mesmo se eu estiver exausto, o sentimento de satisfação é imenso. Olho para trás e vejo todas as jogadas, os momentos divertidos e os desafios superados, e é como se eu estivesse vivendo um sonho.

Enfim, o prazer de jogar futebol é indescritível. É uma paixão que me faz sentir vivo, conectado com os outros e feliz. Mal posso esperar para crescer, continuar jogando e quem sabe, um dia, realizar meu sonho de ser um jogador profissional. Até lá, vou aproveitar cada momento, com toda a energia e amor que esse esporte me proporciona.

 

Esqueci de dizer:  Vou ver a copa do mundo de futebol feminino de 2023!



 Maceió, junho de 2023- tempo de férias. 

 

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