O virus, a ciganinha e o cabeçote da cangaia
Luiz Sávio de AlmeidaA cigana véia levou a ciganinha para passear; a menina passava os dias no acampamento, precisava conhecer mais do mundo e aprender a viver com a mãe. E foram andando, e passa curva e sobem e descem ladeira até que chegaram em um engenho, onde a cigana foi tentar ler a mão do povo e tomar um copo d’água. Nisto, a ciganinha viu uma menina descendo de uma burra e começou a pedir à mãe para dar um passeio.
Formosura era mansa, sem inconveniente. A cigana véia pediu, o dono deixou e a ciganinha aboletou-se na bicha. E saiu andando numa passada boa até que Formosura viu uma cobra e começou a saltar para cima, saltar de banda e viver aquela desenvoltura toda. A ciganinha morria de medo e a cigana véia ficou aperreada. E a ciganinha gritava, sem parar, um Valei-me Nossa Senhora! A cigana, esperta e estradeira, gritava para a filha: “Se apegue com a Santa, minha fia, mas segure no cabeçote da cangaia”!
Apois, reze, ore com todo o fervor, mas faça sua parte: Fique em casa! Esta história que meu sogro me contava é mais do que oportuna. Reze mesmo ou ore meu amigo, mas sefure no cabeçote da cangalha! FIQUE EM CASA.
A imagem pode conter: texto e comida
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