segunda-feira, 1 de julho de 2013

MARLUCE COSTA



MARLUCE COSTA

 



E Eu Pensei



Banhei-me do orvalho da noite,



Despir a lua e me vestir.



Adornei meus cabelos com as estrelas



E da essência de marte, me perfumei.



 



Será que sou poeta?



 



No meu enlevo te encontrei.



Enlaçamo-nos.



Bailei, valsei, dancei, e rodopiei,



Embalada nas mais lindas canções



Que pedi emprestadas as asas das adrugadas.



 



Será que sou amada?



 



A manhã se fez voltei a mim.



O orvalho embaçou minh’alma



Vesti trapos alinhavados e



Meus cabelos estão alvos.



Já não tenho mais cheiro de jasmim.



 



Será que o amanhã é tão assim?



 



Nunca nos encontramos,



A dança foi só fantasia,



As canções são sem  harmonias,



E todas minhas madrugadas são vazias.



 



E eu pensei que fosse alguém um dia.



 



MARLUCE COSTA





TARDE DE DOMINGO


 


Naquele momento de sublimidade,
voltei-me daquele espaço,
e não vi que de tua alma aflorou
partículas translúcidas de amor.
aninhada em teus braços,
senti a leveza das tuas mãos
e desejei eternizar aquele ponto do tempo jamais alcançado.
Lá fora estava acinzentado.
A brisa gélida cortava como navalha
e as ruas estavam desertas.
Era uma tarde de domingo.
Debrucei-me na sacada.
Voltei-me e tudo ficou embaçado.
Desejei-te ao meu lado.
Vislumbrei tua alma a luz do sol
E viajei nas asas do crepúsculo.
Encontrei-te despido e mudo.
Aconcheguei-me quando tua alma aflorou.




Marluce Costa

 

 


A sombra do vento,
A sombra do tempo.
E na sombra das estrelas
Escrevo sonhos de areia.

A sombra da chuva
Que molha minh’alma,
Despedaço-a e me acalma.

Na sombra azul do meu silêncio
Redesenho-te para o meu existir
Restando apenas a sombra dos meus sonhos.


Se um dia você vier
Serei quem sabe,
O eco da felicidade.
Darei-te o perfume
De todas as flores.
Encantarei-te com a melodia do mar
E entregar-te-ei a brisa para acariciar.
Andarei por sobre as ondas,
Abrirei os braços em frente ao crepúsculo
E dar-te-ei o por do sol.
Farei-te feliz, o mais feliz de todos os mortais.
Abrirei o portal do tempo
E de mãos dadas nos levaremos
Para além do que possamos imaginar.

Mas se um dia, você não vier.

Abrirei as ondas com as mãos
E depositarei minhas lágrimas.

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